Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

UMA FAMÍLIA FELIZ

Grazi Massafera se inspira no próprio puerpério ao interpretar exaustão materna

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Grazi Massafera como Eva em cena de Uma Família Feliz

Grazi Massafera interpreta Eva em Uma Família Feliz; personagem vive depressão pós-parto

JOSÉ VIEIRA

jose@noticiasdatv.com

Publicado em 30/3/2024 - 21h00

Em Uma Família Feliz, suspense dirigido por José Eduardo Belmonte, Eva (Grazi Massafera) sente que está prestes a enlouquecer. A protagonista acaba de dar à luz Lucas, seu primeiro filho com Vicente (Reynaldo Gianecchini). Porém, ao desenvolver uma depressão pós-parto, as semanas que sucedem o nascimento em nada se assemelham à narrativa idealizada da maternidade. Para mergulhar no universo da personagem, a atriz não precisou buscar referências tão distantes. Mãe de Sofia, de 11 anos, ela recorreu ao próprio puerpério para compor sua interpretação.

"Eu não gosto de emendar trabalho, gosto de um tempo ócio para vivenciar minha vida física. Acho que esses vácuos que dou de vez em quando me ajudam a entender o que quero. Eva foi acontecendo", explica Grazi, em um evento para a imprensa que contou com a participação do Notícias da TV.

A artista revela que, a pedido de Belmonte, chegava ao set de filmagens quase como um quadro branco, para que Eva e outros personagens fossem construídos de forma coletiva. Grazi pontua que o universo feminino é sempre questionado. Assim, durante as gravações, a atriz trouxe pontos de identificação que puderam ser projetados na trama.

"Eva passa por muitas questões, e a maternal é muito forte. Ninguém entende, nem nós. Essa confusão traz reflexões: 'Será que eu estou enlouquecendo? Será que eu queria ser mãe? Será que eu queria estar nessa família, com esse marido? Será que ele está me descredibilizando? Será que eu não sou suficiente para essa família?'", menciona.

Grazi relembra que viveu um puerpério difícil. Além das transformações em seu organismo, a atriz lidou com a sobrecarga de trabalhos. "Amamentação, ninguém nunca me disse o quanto era difícil", complementa. Apesar do apoio feminino, a artista acredita que a exaustão materna ainda é um assunto normalizado na sociedade. 

Todas vocês e minhas ancestrais estão ali, sabe? A gente é muito complexa e é só uma parte dos questionamentos femininos, dentro de um filme de suspense. Qual de nós, diariamente, não nos questionamos: 'Será que eu estou louca?'. A inspiração vai de você, de mulheres que passaram pela minha vida, por momentos que eu passei e ainda passo.

"Eu brinco: eu acho que nós, mulheres, deveríamos ter um plano de saúde feminino para nos ajudar com a TPM, puerpério e menopausa, porque é sempre daqui a pouco de novo. A gente está sempre no limiar hormonal. É difícil", descreve.

Na produção, roteirizada por Raphael Montes (Bom Dia, Verônica), Eva também exerce o papel de madrasta das gêmeas Sara e Ângela, frutos de um relacionamento anterior de Vicente. Após o nascimento de Lucas, a protagonista se depara com a angústia de uma depressão pós-parto em meio a uma vida supostamente perfeita.

A sua rotina é invadida por acontecimentos estranhos quando as crianças aparecem machucadas. Eva é acusada pela comunidade. Isolada e questionada por seu próprio marido, ela precisa superar sua fragilidade para provar sua inocência e reestruturar sua família.

Assista ao trailer:


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.