LÍCIA MANZO
ALEX CARVALHO/TV GLOBO
Lícia Manzo em foto de divulgação da Globo; ela deixou a emissora em setembro, após 32 anos
Menos de dois meses após encerrar o contrato com a Globo, a autora Lícia Manzo já se dedica a um novo projeto. Ela desenvolve um filme sobre as mães de Haia --mulheres que, casadas com estrangeiros, não conseguem levar os filhos consigo para a terra natal após episódios de violência doméstica, por exemplo.
As informações são da coluna Play, do jornal O Globo. O último projeto da autora na antiga emissora foi a novela Um Lugar ao Sol (2021), que ainda amarga o título de novela das nove com a pior audiência da Globo. Ela, no entanto, já teve alguns êxitos, especialmente para a faixa da 18h --como A Vida da Gente (2011) e Sete Vidas (2015).
A escritora chegou a entregar uma nova sinopse para sua faixa de sucesso após o fracasso da trama das nove. O projeto entraria no ar após a exibição de Elas por Elas (2023) e já tinha vários capítulos escritos. A Globo havia escalado até uma equipe de direção, sob o comando de Natalia Grimberg, agora diretora artística de Garota do Momento. Mas o projeto foi cancelado em agosto de 2023.
O diretor Amauri Soares foi quem reprovou a trama, por achá-la "sofisticada demais". O Notícias da TV apurou que ele não quis bancar o ritmo mais lento e sensível de Lícia, uma vez que preferia apostar em novelas populares. Não por acaso, ele encomendou uma nova trama sertaneja para Mario Teixeira, autor de Mar do Sertão (2022).
O novo projeto de Lícia Manzo dará foco para as mães de Haia, mulheres que perderam a guarda dos filhos após decisões judiciais respaldadas pela Convenção de Haia --acordo internacional com 103 países signatários que tem o objetivo de impedir que crianças sejam retiradas do país de residência sem a autorização de ambos os pais.
O problema é que muitas dessas mulheres sofreram violência doméstica ou ficaram em situação vulnerável num país estrangeiro. Elas decidem voltar ao país natal para fugir dessa situação e, na maioria das vezes, levam o filho consigo. Quando essas crianças saem de um país signatário da convenção, o caso é dado como sequestro internacional. Essas mulheres perdem a guarda e ainda correm o risco de serem submetidas a um processo penal.
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