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GABRIELA KULAIF

Atriz revive história pessoal sobre autismo em Hollywood: 'Me fez sentir tristeza'

DIVULGAÇÃO

Gabriela Kulaif segurando um bebê em cena de Bittersweet

Gabriela Kulaif em cena de Bittersweet; história contra drama pessoal que viveu nos Estados Unidos

GIULIANNA MUNERATTO

giulianna@noticiasdatv.com

Publicado em 31/3/2025 - 11h00

Brasileira que vive em Hollywood, Gabriela Kulaif decidiu levar para as telas uma história pessoal e dolorosa. No filme Bittersweet, ela interpreta Gigi, uma personagem que reflete a própria vivência da artista ao ter seu marido, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), proibido judicialmente de ir para casa após um episódio de crise. "Foi difícil relembrar", confessa.

A trama, que ainda não tem data para estrear no Brasil, mas deve chegar aos cinemas ainda neste ano, foi roteirizada e dirigida pelo próprio marido de Gabriela, Steven Martini. A intenção de criar o filme era alertar e sensibilizar o público sobre o autismo e suas diferentes facetas.

O episódio retratado no longa-metragem aconteceu antes de o diretor cinematográfico receber seu diagnóstico. Na ocasião, ele passou por uma forte crise de pânico e ansiedade, e os vizinhos chamaram a polícia ao ouvir o homem gritando.

Sem entendimento da situação, ele perdeu o direito de ficar perto da sua mulher e do seu filho. A polícia o levou e foi aberta uma denúncia em um órgão norte-americano que cuida da segurança das crianças.

Além de atriz, Gabriela também foi produtora do projeto. Por ter vivido a história junto a Martini, ela deu seus pitacos para que o longa pudesse ser sensível do começo ao fim e também retratasse seus sentimentos diante da situação.

"Quando li o roteiro pela primeira vez, achei fascinante como ele conseguiu transformar nossa história em algo mais leve. Mas houve uma parte que me incomodou e, por semanas, insisti para que ele mudasse", conta ela em entrevista ao Notícias da TV.

"A parte mais difícil foi assistir ao filme pela primeira vez depois de editado e entender que aquela história tinha acontecido comigo. Fiquei uns três dias processando a tristeza que me fez sentir", declara.

Um dos pontos mais importantes para Gabriela foi deixar claro para o público que se tratava de uma história real, para promover empatia e informação.

"Meu marido colocou no roteiro algumas falas que abordam por cima o autismo dele. Mas foi depois que o filme acabou que eu decidi deixar claro e colocar já no início do filme uma explicação sobre o personagem ter autismo e ser inspirado em uma história real", observa.

"Achei importante passar essa informação para o espectador por vários motivos. Primeiro porque está no filme inteiro, simplesmente pelo fato de o filme ter sido escrito por uma pessoa no espectro autista. Mas principalmente porque a história aconteceu devido ao personagem e à pessoa em que foi inspirado não terem recebido um diagnóstico", explica. 

"Sei que isso pode trazer informação, ajudar e validar muitas pessoas passando por situações difíceis como nós passamos antes do diagnóstico", espera a atriz.

O longa-metragem rendeu a Gabriela o prêmio de melhor produtora em um festival de Los Angeles e uma indicação ao troféu de melhor atriz.

Sua intenção agora é trazer o filme para o Brasil o quanto antes. "O público vai rir, chorar e se emocionar com um filme de qualidade, feito com profundidade e muita criatividade", promete.


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