NÃO VEM AÍ
Reprodução/SBT
O influenciador Lucas Guimarães em participação no Chega Mais; programa subiu no telhado
Após ter a estreia adiada três vezes pelo SBT, o Eita Lucas! sofreu mais um baque nesta semana. O programa a ser apresentado por Lucas Guimarães perdeu seu diretor, Gustavo Vaccari. Após oito meses deslocado para o projeto, o profissional, ex-diretor do Fofocalizando, foi demitido na terça (8).
A saída de Vaccari indica que o programa do marido de Carlinhos Maia subiu no telhado de vez. Mostra que o SBT tem hoje intenção zero em arriscar em um projeto muito caro, depois de várias apostas que não deram certo neste ano --como o Chega Mais, Tá Na Hora, Circo do Tiru e É Tudo Nosso. A emissora, contudo, mantém o discurso de que a atração continua de pé.
Espécie de um Domingo Legal itinerante, o Eita Lucas inicialmente estrearia em maio, na faixa das 16h dos sábados. Ficou para agosto e, depois, para outubro. Em julho, foi adiado para 2025. A indefinição do SBT irritou Carlinhos Maia, que publicou no Instagram um desabafo em que acusava a emissora de "empurrar com a barriga" e de estar frustrando o "sonho da vida" do companheiro.
A trajetória errante da atração começou com um primeiro piloto, considerado muito ruim e rejeitado pela direção do SBT. Sob o comando de Gustavo Vaccari e financiado pelo próprio apresentador, foi produzido um segundo piloto, que chegou a ser submetido a um grupo de telespectadores. O projeto, desta vez, foi bem aceito, mas esbarra num novo problema: é muito caro, custa entre R$ 400 mil e R$ 500 mil por episódio.
O programa seria patrocinado pela Esportes da Sorte, o que virou dúvida depois que a bet se tornou uma das protagonistas do escândalo de lavagem de dinheiro por casas de apostas e influenciadores. Um dos donos chegou a ser preso na Operação Integration. Mais recentemente, passou-se a questionar a legalidade da empresa, que não obteve licença do Ministério da Fazenda.
O Eita Lucas! é caro porque, além de prever gravações em diferentes cidades, envolve uma infra-estrutura para evento de até 20 mil pessoas. As gravações que Lucas Guimarães tem feito para suas redes sociais atraem multidões. E a base do programa é um quadro, Chovendo Dinheiro, um show de calouros em que os reprovados levam chuveiradas e os vencedores embolsam até R$ 10 mil.
Sem certeza de que poderá contar com a Esportes da Sorte, o SBT está tentando viabilizar o projeto vendendo cotas de patrocínio no mercado publicitário, mas até agora não houve avanço em negociações.
A emissora passa por um momento crítico. Fez apostas em novos programas que não alavancaram audiência e faturamento --pelo contrário. E vem realizando demissões desde setembro para evitar um rombo no caixa no final do ano.
Alguns dos programas que estrearam em 2024 não devem sobreviver a 2025. São os casos do Circo do Tiru e do É Tudo Nosso. O primeiro tem um paralelo com o Eita Lucas: a BetVip, de Wesley Safadão, já avisou que não irá irá repetir o investimento de R$ 26 milhões que aportou no programa neste ano, como informou em primeira mão o colunista Flávio Ricco. O motivo: o retorno não compensou, já que a audiência não passa de 4 pontos.
Procurado, o SBT afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que o programa de Lucas Guimarães continua previsto na grade 2025 da emissora. Disse também que Gustavo Vaccari deixou a casa em comum acordo e que ele será convidado a retomar o projeto caso se viabilize comercialmente.
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