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ELEIÇÕES 2024

Para não pagar mico, Datena manda cancelar festa de candidatura a prefeito

Reprodução/Band

José Luiz Datena no cenário do Brasil Urgente de terça-feira (27); jornalista usa terno escuro e camisa branca

José Luiz Datena no Brasil Urgente de terça-feira (27); jornalista quer ser prefeito de São Paulo

DANIEL CASTRO

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 28/6/2023 - 16h25

Apresentador do Brasil Urgente (Band), o jornalista José Luiz Datena mandou cancelar evento que marcaria o lançamento de sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo em 2024, pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), que estava agendado para esta sexta-feira (30). "Vai ser cancelado", disse ao Notícias da TV. O PDT confirmou a informação.

O evento comemoraria a filiação de Datena ao partido de Ciro Gomes e funcionaria como uma largada de sua pré-candidatura à prefeitura da maior cidade do país. Datena afirma que não quer pagar o mico de se lançar candidato pela quinta vez e desistir na última hora:

[O evento] Seria por causa da filiação, mas ficaria implícito que sou candidato. Seria queimar etapa, e já estou filiado. Não posso queimar etapa, não posso correr o risco de desistir de novo. Absurdo anunciar a candidatura um ano e meio antes. Não adianta me pré-candidatar e desistir, aí seria desmoralização total.

Datena ensaiou se lançar na política quatro vezes nos últimos sete anos. Em 2016, quase saiu candidato a prefeito de São Paulo. Em 2018, desistiu na última hora de concorrer a uma vaga ao Senado. Dois anos depois, por pouco não foi vice na chapa vitoriosa de Bruno Covas (1980-2021) à prefeitura.

No ano passado, o apresentador trocou o União Brasil pelo PSC, sigla pela qual se lançaria candidato ao Senado, na coligação que elegeu Tarcísio de Freitas (Republicanos) governador de São Paulo. De novo, desistiu no momento em que tinha de escolher entre fazer campanha ou continuar na TV.

Datena diz que todas as desistências ocorreram por "sacanagem dentro de partido político". Lembra que o União cogitou colocá-lo na corrida à Presidência da República em 2022. "Paguei um puta mico", admite. E desistiu do Senado pela segunda vez porque se sentiu hostilizado no PSC. 

"Os radicais bolsonaristas começaram a me vaiar. Aí não dá. Como vou morrer de fogo amigo?", questiona. Depois de passar por partidos de esquerda (PT) e de direita (União, PSC), diz que descobriu que o "mundo político tem uma ética só deles, diferente de [Arthur] Schopenhauer [filósofo alemão do século 19] e de [Baruch] Spinoza [filósofo holandês do século 17]".

Agora em um partido de centro-esquerda, que integra a base de sustentação do governo Lula, Datena diz que será diferente. Para não "queimar etapas", afirma que só se apresentará como candidato quando essa possibilidade estiver consolidada, embora o PDT, liderado pelo ministro do Trabalho e Emprego, já o considere seu postulante a prefeito de SP.

"O ministro Lupi é um cara de palavra. Até agora, estamos juntos. Se não houver traição, e se for escolhido, serei candidato", discursa. "Gostaria muito de ser, mas não depende só de mim".

Datena se vê como um candidato "competitivo" à Prefeitura de São Paulo. Pesquisa do Instituto Paraná divulgada em fevereiro mostra que ele e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são os nomes mais fortes para disputar com o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que tem o apoio de Lula.

Contrato com a Band vence em 2024

Principal nome do elenco da Band, Datena tem contrato com a emissora até dezembro de 2024. Ou seja, se ele eventualmente se eleger prefeito, não ficará devendo nada à emissora que o abrigou nas últimas duas décadas. Se for candidato, terá de se afastar três meses antes do pleito, em outubro.

Seu filho Joel Datena, apresentador do telejornal matinal Bora Brasil, é o provável substituto.


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