MARINE LE PEN
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Luís Roberto na transmissão de França e Marrocos pela Copa do Mundo do Catar nesta quarta (14)
Luís Roberto voltou a falar em Marine Le Pen, política francesa comparada a Jair Bolsonaro (PL), antes da partida entre França e Marrocos nesta quarta (14). Ela já havia sido criticada por Galvão Bueno na semifinal anterior --sobretudo pelas propostas anti-imigração durante as últimas eleições presidenciais no país europeu.
A Globo deu destaque à presença de Emmanuel Macron, o atual chefe do Executivo francês, no estádio Al Bayt. Ele derrotou Marine no segundo turno.
"Essa semifinal é muito importante, os franceses estão com seu time, mas em muita fraternidade com os marroquinos. Nós temos muito respeito porque trata-se de esporte. Mas estamos 100% com os azuis [apelido da seleção da França]", disse o presidente.
Luís Roberto ressaltou que a presença de Macron era simbólica, uma vez que ele já havia pedido desculpa pela colonização do país na África. O Marrocos esteve sob domínio francês e espanhol.
"Ele toca em um ponto muito importante, porque os marroquinos que vivem na França ficaram aliviados quando a candidata da extrema-direita Marine Le Pen não venceu as eleições. Ela tinha prometido que ia cancelar os vistos", frisou o narrador.
"1,3 milhão de marroquinos e descendentes vivem na França. 20% deles em Paris", concluiu o jornalista.
Marine Le Pen é deputada e filha de Jean-Marie Le Pen, um dos principais líderes da extrema-direita francesa. Ela chegou a ser comparada com Bolsonaro por diversas vezes, o parabenizando pela eleição em 2018.
A política, posteriormente, tentou se descolar da imagem do presidente brasileiro. "Ele certamente sustenta propostas que são eminentemente desagradáveis, que não podem ser transferidas para o nosso país, é uma cultura diferente", disse, em entrevista ao programa Les 4 Verités.
Galvão Bueno surpreendeu os telespectadores ao revelar as suas expectativas diante do confronto entre Marrocos e França. O narrador focou no aspecto político da partida, sobretudo diante do avanço da extrema direita na França --com direito a uma alfinetada em Marine Le Pen.
"Quando eles ganharam, não foi nem contra a França, mas a Bélgica, deu uma confusão. Confrontos com a polícia. É uma situação politicamente muito delicada", continuou.
"Agora, nas últimas eleições francesas, a extrema direita cresceu bastante e prometia complicar a vida de todo imigrante. Então é um jogo que traz aspectos extracampo", concluiu ele, em referência à deputada.
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