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LUTO

Zoraide de O Clone, atriz e escritora Jandira Martini morre aos 78 anos

Alex Carvalho/TV Globo

Jandira Martini tem expressão séria em foto de Morde & Assopra

A atriz Jandira Martini em Morde & Assopra, uma de suas últimas novelas na Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 30/1/2024 - 10h29
Atualizado em 30/1/2024 - 12h42

A atriz e autora Jandira Martini, conhecida nacionalmente por viver a Zoraide de O Clone (2001), morreu na segunda-feira (29), aos 78 anos. A informação foi confirmada por Marcos Caruso, amigo íntimo da artista e parceiro dela nos roteiros da novela A História de Ana Raia e Zé Trovão (1990). Ela lutava contra um câncer no pulmão.

"Jandira Martini, minha maior amiga e prova de que os opostos se atraem e se completam. Juntos escrevemos peças, roteiros de cinema, séries e novelas", escreveu o Sérgio de Elas por Elas em seu perfil no Instagram.

"Minha grande confidente, conselheira e responsável pelas minhas maiores gargalhadas. Minha mestra. Sabe quando você passa pela escola na qual você estudou e vê que o prédio foi demolido? Assim me sinto com a sua partida", continuou o ator na rede social.

Nascida em Santos (SP) em 10 de julho de 1945, Jandira Lúcia Lalia Martini herdou o nome inusitado da mãe, Jandira Gião. Filha de uma dona de casa e do ourives Alfredo Lalia, ela se formou em Letras antes de a vocação falar mais alto e decidir estudar Interpretação na USP (Universidade de São Paulo).

Atriz de teatro por natureza, ela fez pequenas participações em novelas nas décadas de 1970 e 1980, como Saramandaia (1976), Dancin' Days (1978) e Roda de Fogo (1986), até se destacar como a Teodora de Sassaricando (1987), seu primeiro papel fixo na Globo.

Depois, ela foi para a Manchete atuar em Ana Raio e Zé Trovão. Ela também se tornou colaboradora de texto, em parceria com Caruso e Rita Buzzar. Segundo Jandira, ela não chegou a escrever nada, apenas sugeria ideias para a dupla.

A novela foi criada para surfar no sucesso de Pantanal (1990), mas foi feita quase que no improviso. Conforme a equipe viajava pelo Brasil --não havia cenário fixo--, as histórias iam sendo desenvolvidas de acordo com o cenário.

A amizade com Caruso se fortaleceu ainda mais no SBT, onde atuaram no sucesso Éramos Seis (1994) como o casal Genu e Virgulino, vizinhos de dona Lola (Irene Ravache) e Júlio (Othon Bastos). Na emissora de Silvio Santos, ela ainda fez Sangue do Meu Sangue (1995).

Jandira voltou para a Globo em 2001, vivendo a Eugênia da macrossérie Os Maias, e emendou o trabalho em O Clone, iniciando uma dobradinha de sucesso com a autora Gloria Perez.

Com a novelista, a atriz também fez América (2005), Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), Caminho das Índias (2009) e Salve Jorge (2012), além de uma participação na comédia A Diarista (2004-2007), criada pela roteirista.

A artista ainda fez A Casa das Sete Mulheres (2003), Desejo Proibido (2007), Escrito nas Estrelas (2010) e Morde & Assopra (2011). Fora das novelas, seu último papel na TV foi na série Manual para se Defender de Aliens, Ninjas e Zumbis (2017), exibida na Warner.

No cinema, Jandira apareceu em filmes como Uma Escola Atrapalhada (1990), Olga (2004) e Chorar de Rir (2019). Seu papel derradeiro foi na comédia Uma Pitada de Sorte (2022), com Fabiana Karla e Mouhamed Harfouch.


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