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'CATALISADOR DE CARREIRAS'

Virou coach? Rafael Cortez dá palestras e ensina a transformar vida com atitude

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Rafael Cortez segura microfone e usa camiseta e blazer pretos

Rafael Cortez durante palestra do Atitude Transformadora, projeto que concilia com stand-up

DÉBORA LIMA

debora@noticiasdatv.com

Publicado em 30/11/2023 - 14h00

Conhecido sobretudo pelo trabalho no humor e no CQC (2008-2015), Rafael Cortez tem investido em uma nova área profissional. O apresentador criou o projeto Atitude Transformadora, no qual dá palestras sobre como mudar sua vida com uma pitada de coragem e ousadia. Ele, no entanto, rejeita o rótulo de coach. "Eu faço um trabalho de catalisação, sou um catalisador da carreira da pessoa", explica ao Notícias da TV.

O também jornalista decidiu criar uma palestra em que contasse um pouco da própria história. "Eu vi muitas palestras ao longo de toda a minha carreira, porque sempre tive uma atuação muito forte no mercado corporativo, como mestre de cerimônia de várias convenções. Isso me deu a oportunidade de assistir a muito conteúdo. Vi palestras muito boas, medianas e muito ruins."

Foi então que ele tomou a iniciativa de se arriscar como palestrante. "Encontrei uma identificação com o tema da atitude, por me dar conta que é algo que está presente na minha vida desde sempre. Não só por ter feito o CQC, que era um programa cheio de iniciativa, atitude, ousadia... Mas por tudo na minha vida", ressalta ele.

Cortez, aliás, lembra como ter atitude foi crucial para que conseguisse a vaga de repórter do Custe o Que Custar. "A atitude que mudou realmente a minha carreira foi, diante da oportunidade de ser produtor do CQC, pedir para ser repórter e pedir a oportunidade de fazer o teste de repórter", conta ele.

Eles me queriam de produtor do CQC. Eu fui na reunião com o diretor-geral, olhei no olho dele e falei: 'Você tem que me deixar fazer o teste para ser repórter, não me leva como produtor aqui, porque o meu lugar é de repórter. Se você deixar eu fazer esse teste, você não vai se arrepender'. Tanto é verdade que ele deixou fazer os testes e me contratou.

"Agora, pessoalmente, acho que a grande atitude transformadora foi ter tido coragem suficiente, no meio de toda a minha confusão da juventude e da pós-adolescência, de bater no peito e dizer 'eu vou ser artista no Brasil', que maltrata artistas. Eu vou encarar essa loucura de ser artista mesmo no nosso país, mesmo com tudo dizendo 'não'", completa o comunicador.

Retorno surpreendente

Nas palestras, o apresentador costuma explicar como a atitude já existe em cada um. "A pessoa não faz ideia de que ela tem um princípio da atitude dentro de si. O que eu digo é que, quando a pessoa aprende a dominar essa ferramenta da atitude, ou pelo menos ativá-la de forma consciente, benéfica, é como se ela passasse a dirigir um Celta com um motor de uma Ferrari. O ganho é imenso", avalia.

Cortez tem ficado surpreso e ainda mais motivado com os depoimentos que recebe do público, seja presencialmente ou nas redes sociais. "É muito diferente da resposta que eu tenho como comediante", reflete o ex-Band.

"Quando a pessoa vai num stand-up, eu costumo ouvir coisas do tipo 'eu estava precisando rir'. Agora, o retorno que você recebe quando faz uma boa palestra é 'você mudou minha vida', 'eu sou outra pessoa'. Eu já tenho relatos muito legais de pessoas que dizem ter arregaçado as mangas e ido para as cabeças, como a gente diz popularmente, por conta da palestra."

Apesar do discurso transformador, o jornalista diz que não se enxerga como coach. "Respeito os bons coaches. Pelos coaches picaretas eu não tenho nenhum respeito, tenho muito bode deles. Mas os bons coaches existem, sim. Não necessariamente são os que têm mais seguidores, mas existem bons coaches de carreiras e que muitas vezes não são os mais midiáticos", dispara.

Não poderia ser nem um coach mediano nem um muito honesto, porque o que eu faço não é coaching. Eu faço um trabalho de catalisação, eu sou um catalisador da carreira da pessoa. Eu me vejo como alguém que pode ensinar um truque que vai fazer as coisas andarem mais depressa. O catalisador é aquilo que aumenta a velocidade das coisas. Eu me vejo como alguém que tem um domínio de uma ferramenta, e a prática dessa ferramenta, e ajuda as pessoas a partir disso.

Cortez ainda ressalta que não deixou o lado comediante de lado, mesmo com o aumento da demanda pelas palestras. "Antes eu fazia, para cada cinco stand-ups, uma palestra. Hoje, para cada cinco palestras, eu faço um stand-up", compara o ex-apresentador da Record.

"Eu fiz muito stand-up ao longo desses 15 anos, não tanto quanto vários colegas meus que só se dedicam a isso. A minha carreira sempre foi multifacetada, então até que fiz uma quantidade muito grande de stand-ups para um cara que faz carreira simultânea com tanta intensidade. E a palestra está vindo como uma grande novidade. Ela está me apresentando pessoas, cenários e palcos que eu não conhecia", afirma.

"Naturalmente, eu estou inclinado a me dedicar um pouco mais a ela agora. Mas não quero parar de fazer stand-up. Eu imagino que vá diminuir bastante o ritmo, vou ser mais seletivo, viajar menos com o stand-up. Pretendo ficar em cartaz em São Paulo e seguir viajando mesmo com a palestra", arremata.


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