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PIONEIRO

Silvio Luiz: Como locutor revolucionou a narração esportiva nos anos 1980

REPRODUÇÃO/REDETV!

Silvio Luiz olhando para frente com os dedos embaixo dos olhos em entrevista na RedeTV!

Silvio Luiz (1934-2024) em entrevista na RedeTV!; narrador imprimiu identidade à locução esportiva

GIULIANNA MUNERATTO

giulianna@noticiasdatv.com

Publicado em 16/5/2024 - 11h36

Silvio Luiz (1934-2024) morreu nesta quinta (16), mas deixou um legado eterno para o esporte brasileiro. Locutor pioneiro, ele revolucionou a forma de narrar jogos no Brasil e se tornou um verdadeiro ícone do rádio e da televisão. Autodeclarado um "legendador" de imagens, ele cunhou bordões que fazem parte até hoje do imaginário dos fãs, principalmente, de futebol.

O timbre de voz inconfundível fez com que Silvio se tornasse uma figura imparável na TV brasileira. Diferentemente de outros locutores tradicionais, suas narrações tinham humor e ironia, táticas que ele usava como importantes armas para fisgar o público e tornar cada partida única.

Silvio dizia que não havia necessidade de narrar aquilo que o público estava vendo na TV. Por isso, sua função era incrementar os jogos, torná-los mais atraentes e até divertidos. Seus bordões se tornaram marcas de uma geração que jamais esquecerá o impacto do narrador nas transmissões.

O óbvio nunca foi o suficiente para o locutor esportivo. Seu trabalho era tão incomparável que ele sequer gritava o tradicional "gol" durante as transmissões. "Foi, foi, foi" era a frase escolhida para quando a bola entrava na rede.

"Nem sempre a transmissão dá detalhes, aquilo [foi, foi, foi] é uma muleta que uso. Enquanto a câmera não me mostra quem foi, eu fico falando. É uma muleta. Uma coisa que detesto nas transmissões: grito e óbvio. Se você tem uma imagem, não preciso dizer o que você está vendo. Não digo que sou um narrador de televisão, sou um 'legendador' de imagem", definiu o narrador em entrevista ao UOL em 2016.

Outros bordões que marcaram a história de Silvio Luiz foram "pelas barbas do profeta", "no pau!", "olho no lance", "pelo amor dos meus filhinhos", "queimou o filme", "balançou o capim no meio do gol", "no meio da caneta dele" e diversos outros que se tornaram sua marca registrada.

Foram mais de 70 anos na ativa, com um saldo de seis Copas do Mundo narradas e nove Jogos Olímpicos. Sua paixão pelo esporte foi muito além das locuções, já que ele também foi árbitro de futebol profissional e sentiu na pele as emoções de estar em campo.

Silvio fez parte de transmissões históricas, foi o primeiro repórter esportivo da extinta TV Paulista a atuar diretamente em campo, e será para sempre um dos principais nomes do jornalismo esportivo brasileiro.


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