PERIGO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO/INSTAGRAM
Sandra Annanberg e a taturana em que ela pisou; bicho é venenoso e pode desencadear reações
Sandra Annenberg teve uma reação grave após pisar em uma taturana. O animal, conhecido como taturana-ursinho, lagarta-cachorrinho ou taturana-bezerra, é tóxico e, em contato com a pele humana, pode provocar queimação, dor e inchaço. A apresentadora do Globo Repórter publicou uma foto em que aparece no hospital após pisar no inseto. "Meu pé está pegando fogo!!", declarou.
Na madrugada desta sexta (17), a jornalista publicou um vídeo da taturana e fez uma pergunta a seus seguidores. "Alguém sabe que bicho é esse? Pisei nele e meu pé está pegando fogo!!! Uma dor insuportável!!! Socorro!!!", pediu.
Nos comentários, as pessoas logo começaram a falar sobre a taturana-ursinho e a dar conselhos à apresentadora. Muitos sugeriram que ela buscasse ajuda médica. Uma hora depois de postar o vídeo, Sandra publicou stories em que aparece numa maca de hospital, tomando remédio ou soro na veia.
Na tarde desta sexta (17), a jornalista publicou um depoimento em que explicou tudo o que aconteceu. Ela declarou estar ótima, recuperada, e fez alertas em relação ao animal venenoso.
"Tô ótima, tô bem, sem dor nenhuma, passou. Ontem, eu estava saindo da minha casa e na porta, literalmente abri a porta, no chão, havia esse bicho, que eu pensei que fosse uma folha. Me aproximei, filmei, pensei: "ah, depois ou mostrar". Fui pra gravação da vinheta de fim de ano [da Globo]", iniciou em seu relato.
"Quando voltei no fim do dia, recebemos aqui em casa uma querida amiga, com a filha e a irmã, pra comemorarmos a primeira etapa do tratamento de câncer da filha dessa minha amiga, que foi uma fase vencedora. Estávamos muito felizes em celebrar a vida. Fomos levá-las à porta, e eu estava descalça. Quando volto pra dentro de casa, piso em alguma coisa e sinto uma fisgada. Pensei: 'Acho que fui picada por numa formiga'. Aqui em casa tem muito bicho, coruja, perereca, lesma, lagartixa, de um tudo", explicou.
Mas tava doendo muito, a dor foi escalando, começou a doer muito, muito, comecei a gritar de dor. Ardia e queimava, uma dor lancinante. Peguei um gelo, meti, foi na sola do pé, fiquei segurando, passou. Na hora que tiro o gelo, volta a doer.
"Na hora que a dor foi aumentando, falei pro Ernesto [Paglia, marido de Sandra]: 'meu amor, vai ali onde eu fui picada por um bicho e procura por alguma coisa, formiga, marimbondo, abelha. Ele falou: 'tinha aqui esse bicho', que já estava meio tortinho. Foi nesse momento que eu resolvi postar, perguntei: 'alguém conhece?'. Eu sabia que alguém saberia", disse ela, em relação ao post que fez.
"Qual foi minha surpresa a enxurrada [de mensagens] que eu recebi, que é uma taturana-cachorrinho. A picada ou queimadura desse bicho não é nada no diminutivo. Mandei pro meu médico e falei: 'o que eu faço?'. Ele falou: 'é melhor ir para o hospital, porque talvez precise de um soro'. Só aí que eu soube que, no Instituto Butantã, eles têm vários soros, de picada de cobra, aranha, escorpião. Eu jamais poderia imaginar que existe soro pra queimadura de taturana". declarou.
"Não imaginava que fosse um bicho tão perigoso. As pessoas começaram a falar que podia dar febre, tontura, hemorragia. Eu comecei a ficar apavorada. Só sentia dor, era muita dor. Fomos ao hospital, eu com gelo o tempo todo".
"No hospital, fui muito bem tratada, obrigada doutores e enfermeiro. Recebi uma batelada de medicamentos, me deixou bastante grogue, e eles entraram em contato [com o Butantã] pra saber se eu precisaria desse soro. Não precisaria, porque o soro é de uma taturana pior do que a que me picou. Eu levei [ao hospital] não só o vídeo mas a própria taturana, para que entendessem o tipo de tratamento pelo qual eu deveria passar", disse Sandra.
Fica aqui o alerta. Estamos passando por uma época de extremo calor, e é a epoca em que elas se reproduzem, crescem e viram belíssimas mariposas. Faço apelo para que não saiam matando os bichos por aí. Eu filmei porque achei lindo. Se você vir uma, afaste-a de um lugar onde as pessoas possam se machucar, mas não saia matando.
"Alertem as crianças, quem mexe em jardim use luvas. Mas estou muito bem, obrigada, e gostaria de agradecer imensamente à colaboração, o carinho, o interesse de todos vocês. Eu juro que não esperava. Postei sem imaginar, e ficou todo mundo me perguntando. Tô ótima. Foi um susto e tanto, uma dor horrenda, mas sigamos. Vamos olhar onde a gente pisa e cuidar da gente e do mundo", concluiu ela.
A taturana-ursino ou lagarta-cachorrinho tem este nome por causa das cerdas que envolvem o corpo, que dão aspecto de pelos como os de animais mamíferos. No entanto, estas cerdas são perigosas e oferecem sério risco a quem tocá-las.
A espécie Podalia orsilochus, da família Megalopygidae, é encontrada em várias regiões do Brasil, mais frequentemente em áreas de Mata Atlântica. O inseto está em fase larval e se tornará uma mariposa. Quem encosta nesta espécie pode ter reações como sensação de queimação, dor intensa e inchaço. Em casos mais raros, as reações também podem incluir náusea, febre, dor de cabeça, falta de ar e hemorragias.
O educador ambiental Matheus Mesquita indicou como deve ser feito o tratamento: "A pessoa deve lavar região de contato com água corrente, manter a calma, evitar esforço desnecessário e procurar atendimento médico. Não se deve fazer amarras ou torniquetes no membro atingido", explicou ele em entrevista ao G1. Em hospitais e postos de saúde, médicos podem avaliar a necessidade de o paciente receber soro para neutralizar o veneno da taturana.
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