Por que Chaves está fora do ar na TV? Florinda Meza expõe sua versão do embate

Florinda Meza esclareceu boatos de que teria proibido a transmissão de Chaves e outras produções de Roberto Gómez Bolaños (1929-2014), seu ex-marido, na televisão. O seriado deixou de ser exibido internacionalmente em julho de 2020, após conflitos entre os herdeiros do humorista e a Televisa, emissora mexicana. A atriz de 74 anos, que foi também colaboradora no roteiro da atração, se mostrou disposta para negociações.

A artista esclareceu os rumores em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, nesta quarta (11). Florinda lamentou que os boatos tenham ganhado repercussão nas redes sociais. Ela declarou ter respeito e afeto ao legado de Bolaños e o descreveu como uma valiosa responsabilidade.

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"Dizem que eu me oponho à transmissão dos programas de Chespirito. Total e absoluta mentira", afirmou. "Eu respeito e amo o público, assim como Roberto. Tanto Roberto como eu respeitávamos e amávamos nossa profissão. Era nosso prazer. Para mim, segue sendo", completou.

Segundo Florinda, os direitos autorais dos roteiros de Bolaños pertencem aos filhos do humorista. A atriz, por sua vez, foi colaboradora de alguns programas do ex-marido, como Chaves. Ela está disposta a negociar pelo trabalho. "Afinal, fui intérprete múltipla dos mesmos", explicou, em referência a ter feito várias personagens.

A artista revelou que duas pessoas administram os contratos de transmissão dos programas de Bolaños. O comprador tentou colocar as atrações humorísticas no ar em quatro ocasiões, mas não obteve sucesso: "Que tristeza. O público e o comprador estão esperando. Perguntem a quem tiverem que perguntar".

Os direitos autorais de Roberto pertencem ao filho. O que escrevi para o programa, pertence a mim. Não deveriam negociar sem mim. Eu sempre estive disposta. Eu amo e respeito o legado do meu Roberto. Ele nunca quis que isso acontecesse.

Assista ao vídeo:

Briga pela exibição

Chaves deixou de ser exibido no Brasil e no mundo em julho de 2020. Um imbroglio que envolve a Televisa, emissora produtora da série, e os herdeiros de Roberto Gómez Bolaños, que possuem os direitos sobre os roteiros, tem impedido a transmissão da atração.

Os herdeiros administram o Grupo Chespirito e são titulares dos direitos intelectuais de Bolaños, como personagens e histórias. A Televisa pagava um valor à empresa pela venda de Chaves no mundo. Contudo, o acordo chegou ao fim a poucos dias da renovação do contrato.

Na ocasião, Roberto Gómez Fernández, presidente do Grupo Chespirito, pediu um aumento no valor pago pela distribuição da série. A produtora mexicana não aceitou o acordo e não renovou o contrato. Assim, criações de Bolaños saíram do ar internacionalmente, na televisão e no streaming.

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