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PACTO BRUTAL

'Não tem psicopata recuperado', diz Gloria Perez sobre Guilherme de Pádua

DIVULGAÇÃO/HBO MAX

Retrato de Gloria Perez na sala de sua casa

A autora Gloria Perez fala que não acredita na recuperação dos dois assassinos de Daniella

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/8/2022 - 12h57

Questionada algumas vezes sobre não acreditar na recuperação de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz (que agora assina Peixoto), Gloria Perez afirma que os dois assassinos de sua filha, Daniella Perez, não são capazes de se regenerar: "É claro que as pessoas podem ser recuperadas. Mas isso não inclui os psicopatas. Não se tem notícia de psicopata recuperado. E Paula e Guilherme são psicopatas de carteirinha".

Em entrevista À Marie Claire, a autora de Travessia explica ainda o porquê de os dois não terem dado depoimento para a série Pacto Brutal, que está disponível do HBO Max: "O que eles disseram para se defender, antes e durante o julgamento, está na série. Ouvi-los agora para quê? Para perguntar como estão passando? Não faz sentido dar palco a psicopata".

A ideia do documentário não foi de Gloria, que afirma não ter vivido o luto pela morte da filha mesmo depois de quase 30 anos. A novelista foi procurada pela diretora Tatiana Issa, que assegurou que faria um trabalho sem sensacionalismo.

"A história não está sendo recontada: está sendo contada – é a primeira vez que se dá voz aos autos do processo que condenou os dois assassinos por homicídio duplamente qualificado", explica ela.

Na entrevista, a autora rechaça ainda que o crime tenha sido um feminicídio: "A motivação dos dois é muito clara: redução de personagem, inveja, vingança. O fato de ser mulher importou para o tratamento que a imprensa deu ao assassinato. Como bem diz meu filho: se um homem é encontrado espancado e apunhalado 18 vezes num local de desova, a pergunta é: quem jogou ele lá? Quando se trata de uma mulher, não falta quem especule: o que ela foi fazer lá?".

Gloria também fez questão de esclarecer a ausência do pai de Daniella, que morreu dois anos depois da filha. "A seleção de fotos não foi feita por mim: apenas cedi os álbuns de família para a Tatiana e o Guto (Barra, diretor). Luiz Carlos (Perez) era muito ligado a Daniella e o câncer que o vitimou foi consequência direta do crime. Ele se fechou na sua dor, implodiu."


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