Michael J. Fox lamenta descoberta de Parkinson aos 29 anos: 'Vida arruinada'

Michael J. Fox se tornou conhecido mundialmente ao protagonizar a trilogia De Volta Para o Futuro. Jovem promissor, o ator precisou diminuir a velocidade de sua carreira ao ser diagnosticado com Parkinson aos 29 anos. Nesta quinta (11), o ator relembrou sua reação à descoberta da doença e a maneira como lidou com a repercussão negativa da mídia norte-americana.

Em conversa com a revista Variety, Fox assumiu que sua reação ao diagnóstico não foi positiva. Na ocasião, o ator usou o álcool como válvula de escape. "É uma doença tão ruim. Não queria pensar nisso. Não queria lidar com isso. Não se encaixava na minha história", recordou. "Eu precisava de algo --alguma forma de me expressar-- e passei a beber."

Fox descobriu a doença em 1991. Inicialmente, médicos afirmaram que ele só teria mais dez anos para trabalhar em projetos de atuação. Na primeira fase do diagnóstico, apenas amigos íntimos e familiares foram informados pelo artista.

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O intérprete escondeu a notícia dos colegas de elenco de Spin City, sitcom que protagonizou entre 1996 e 1999. Para disfarçar o comportamento de Fox, produtores chegaram a afirmar que ele sofria com a doença de Lyme.

Com o assédio excessivo de paparazzi e tabloides norte-americanos, Fox se viu obrigado a compartilhar o diagnóstico com o público. Em 1998, ele concedeu uma entrevista para a revista People sobre a doença. A publicação da reportagem foi adiantada em quatro dias, e o ator se desesperou.

"Fiquei online e pensei: 'O que foi que eu fiz? Minha vida está arruinada e tenho filhos pequenos que vão ler essas coisas'", disse. "Os tabloides de Nova York publicaram manchetes sobre como minha vida havia acabado. Foi uma merda."

Aos 61 anos, Fox aprendeu a conviver com a doença e se mantém otimista. No entanto, fica desconfortável quando é chamado de herói. "É só uma maneira legal de as pessoas me informarem que estão comovidas com a minha aceitação das coisas", afirmou.

"Não importa o que eu fale sobre o quanto filosoficamente aceitei o peso da doença, o Parkinson ainda me dá uma coça. Eu não vou ganhar, eu vou perder. Mas há muito a ser ganho na derrota", completou.

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