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RETRUCOU CRÍTICAS

Marquezine bate boca com internautas após fazer homenagem a menino assassinado

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Bruna Marquezine durante pré-estreia do filme Vou Nadar Até Você, em São Paulo, em 2 de março de 2020

Bruna Marquezine durante pré-estreia do filme Vou Nadar Até Você, em São Paulo; atriz retrucou críticas

REDAÇÃO

Publicado em 20/5/2020 - 19h56

Bruna Marquezine usou sua rede social para fazer uma homenagem ao menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, morto durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, no Rio de Janeiro. No entanto, um internauta apontou que nunca havia visto a atriz "fazer uma doação milionária" para comunidades. "Não sabia que eu precisava pegar os comprovantes e enviar para você", retrucou ela, iniciando um bate-boca na internet.

Na segunda-feira (18), João Pedro morreu durante uma operação das polícias Federal e Civil do Rio de Janeiro. A família aponta que oficiais chegaram atirando na casa onde o menino estava. Ele foi atingido na barriga, e os pais passaram a madrugada procurando o filho pelos hospitais.

A classe artística rapidamente se mobilizou sobre o ocorrido. Nesta quarta-feira (20), Bruna republicou um longo texto de protesto de Djamila Ribeiro, colunista da Folha de S.Paulo, em seu Instagram. Ela usou uma frase do pai de João Pedro, Neilton Pinto, para fazer sua homenagem e exemplificar sua indignação.

"Quero dizer, senhor governador, que a sua polícia não matou só um jovem de 14 anos com um sonho e projetos, a sua polícia matou uma família completa, matou um pai, matou uma mãe, matou uma irmã e principalmente o João Pedro. Foi isso que a sua polícia fez com a minha vida", escreveu na publicação.

Entre mensagens de apoio, algumas críticas chamaram a atenção da artista. Ao demonstrar sua opinião, o internauta João Pedro de Medeiros fez uma observação sobre a postura da estrela e ganhou uma resposta não muito agradável.

"Nunca vi você subindo um morro no Rio ou indo fazer uma doação milionária de cestas básicas no Cantagalo, na Rocinha, no Borel. Enfim, não posso julgar muito porque somos brancos privilegiados, mas não entendo por que você posta tanto sobre isso e nunca vi você subindo um a favela para ajudar de fato a galera".

"Porque eu não sabia que eu precisava registrar ou pegar os comprovantes e enviar para você", retrucou ela. A resposta foi aprovada pelos seguidores da atriz, que intitularam o troco como "jantada".

Natan Braga foi outro internauta que deixou sua opinião no perfil de Bruna. "A mesma polícia que protege seu condomínio fechado, é a mesma que atirou também. Você precisa dela, a culpa é do despreparo do policial", apontou.

"Condomínios fechados são protegidos por uma equipe de segurança terceirizada, não pela polícia", rebateu Marquezine. O bate-boca virtual rendeu mais de 5 mil comentários na página da artista.

Veja publicação de Bruna Marquezine sobre João Pedro:

Ver essa foto no Instagram

"Quero dizer, senhor governador, que a sua polícia não matou só um jovem de 14 anos com um sonho e projetos, a sua polícia matou uma família completa, matou um pai, matou uma mãe, matou uma irmã e principalmente o João Pedro. Foi isso que a sua polícia fez com a minha vida" - Neilton Pinto (Pai do João Pedro) ・・・ #Repost @djamilaribeiro1 ・・・ Fiquem em casa, dizem. Pois João Pedro Mattos estava em casa, brincando com seus primos, quando seu corpo foi mutilado com as balas perdidas que só encontram corpos negros. Domingo, estava assistindo a um telejornal, numa matéria em que falava sobre essa Operação que subia uma comunidade e matou várias pessoas no Complexo do Alemão, como se fosse a coisa mais normal do mundo. É normalizado, não deve ser normal.Cenas do Caveirão do Bope, veículo conhecido do Tropa de Elite, filme que ainda é exibido semanalmente, apesar de glorificar tortura, corporação e máquina de guerra genocidas para depois a matéria cortar para uma pessoa da polícia, penso que o delegado, dizer que era para a população ficar tranquila, pois não havia morrido nenhum "inocente". Historicamente ninguém dessas comunidades é ouvido em matérias como essa e, dessa vez, o formato se repetiu. Mais um discurso de supremacia branca produzido com sucesso na televisão, um discurso que produz mortes. João Pedro Mattos foi uma delas, juntando-se a Amarildo, Claudia, Ágatha e outras milhões de pessoas. Alvejado, e sob o risco de atrapalhar a sinfonia assassina entre polícia, governo e mídia, seu corpo foi subitamente colocado em um helicóptero, sem ninguém de sua família, que ficou dezesseis horas sem saber seu paradeiro! 16 horas! Tempos depois, após uma campanha na internet, descobriu que o corpo do menino estava no IML. O horror... o horror... Vale dizer, o governador do Rio de Janeiro foi eleito sob a promessa de uma política genocida, mais ainda da que já era praticada. Disse que sob seu comando a polícia ia mirar e “atirar na cabecinha”. Enojante, tudo muito revoltante. Existe uma guerra contra a população negra desse país. João Pedro, presente! . . Ps: prefiro não expor a foto do menino

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Confira repercussão das respostas de Bruna Marquezine:

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