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FALTA OPORTUNIDADE

Mariana Xavier explica por que sumiu das novelas há sete anos: 'Só fiz um teste'

Reprodução/TV Globo

Mariana Xavier tem expressão de surpresa em cena da novela A Força do Querer

Mariana Xavier em A Força do Querer, sua última novela: sem convites, ela foca em outros projetos

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 2/2/2024 - 14h00

Intérprete de Marcelina na bem-sucedida trilogia Minha Mãe É uma Peça, a atriz Mariana Xavier é um fenômeno de público no cinema e no teatro. Nas novelas, porém, o cenário é um pouco diferente: ela não dá as caras em um folhetim desde o fim de A Força do Querer, em 2017. O motivo? Não é chamada para papéis interessantes, nem sequer para audições. "Só fiz um teste nesses sete anos", entrega.

"Muitos atores e atrizes no Brasil passam por isso, encaram essa falta de oportunidades. O público fica cobrando para a gente voltar a TV, mas ninguém chama!", desabafa a artista em conversa com o Notícias da TV. "Agora, quase fui para Dona Beja [novela da HBO Max]. Mas não pintaram mais convites!"

"Eu só fiz um teste, foi para um papel que acabou ficando com a Evelyn Castro, que é maravilhosa! E acho que a personagem fez mais diferença para a carreira dela do que faria na minha", entrega a artista, que não revela o nome da trama --embora a comediante do Porta dos Fundos só tenha atuado em um folhetim na carreira, Quanto Mais Vida, Melhor! (2021).

E se engana quem pensa que Mariana Xavier é do time de atores que não faz novela porque se sente superior e prefere se dedicar a projetos mais curtos. "Eu amo novela, sempre foi um sonho. A primeira vez que entrei no Projac [agora chamado de Estúdios Globo] e fui na cidade cenográfica, me senti em um parque da Disney!", diz.

Defensora da teoria de que a arte precisa entreter, mas também promover reflexões, ela sonha com um papel que levante questionamentos. "A novela faz parte da nossa vida, traz discussões para dentro de casa, para o sofá da sala, para a mesa de jantar", discursa Mariana, que continua:

As pessoas se identificam tanto comigo que eu gostaria muito de usar essa simpatia que elas têm por mim para fazê-las pensar sobre assuntos mais complexos. Quero que me deem personagens mais densos --não só pela minha satisfação pessoal como atriz, mas para provocar reflexão mesmo.

Um exemplo de projeto que desafiou a atriz foi o filme Medida Provisória (2022), dirigido por Lázaro Ramos. Para quem está acostumado a vê-la fazendo piada o tempo todo, o papel de Sara foi um choque. "Quando o Lázaro me convidou, falou que começava comédia, virava thriller e terminava drama. Eu li o roteiro e falei: 'Que história incrível e absurdamente real, preciso fazer!'."

Oportunidades assim, porém, são raras para a artista. "O que aconteceu? As minhas primeiras e grandes oportunidades foram na comédia. Aí o mercado me colocou nessa caixinha: 'Ela é boa nisso, vamos deixá-la só aqui'. Mas eu sou geminiana, sei e quero fazer outras coisas! Tenho uma vontade imensa de testar outros gêneros", ressalta.

"Eu estou tentando cavar oportunidades. Como as pessoas não conseguem me imaginar em outro lugar, comecei a correr por conta própria atrás de uma galera, de projetos mais artísticos, fora do circuito comercial. Quero ser desafiada, fazer coisas diferentes, que me deem tesão. Já que virei um chamariz de público, quero surpreender esse público!", justifica a artista.

Isso se estende às novelas também. "Gosto muito desse universo, mas toma um tempo enorme da sua vida. Então, para fazer uma novela, precisa ser uma personagem que justifique essa entrega de tempo. Se é para fazer mais do mesmo, prefiro ter minha autonomia e seguir com meus projetos", dispara.

"E eu não posso reclamar, porque trabalho não tem faltado! Cheguei em um ponto da minha profissão que é ter o privilégio de poder escolher o que fazer. Antes, eu achava que a liberdade do ator era estar sempre trabalhando. Hoje, entendo que a maior liberdade é poder dizer 'não'", finaliza.

Atualmente, Mariana Xavier está em cartaz com a peça Antes do Ano que Vem, cuja temporada segue no Teatro Adolpho Bloch (Rua do Russel, 804, Glória, Rio de Janeiro) até o dia 25. Há sessões de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h. Os ingressos populares estão à venda na plataforma Sympla e custam a partir de R$ 19,50.


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