MATURIDADE
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Maitê Proença em foto de campanha postada no Instagram; atriz lançará livro sobre sua vida
Maitê Proença parece ter desistido de se esquivar das perguntas sobre seu namoro com Adriana Calcanhoto e abriu o jogo sobre a relação, sexo, passado com drogas e abuso sofrido na infância. Em entrevista à revista Veja Rio, a atriz contou que está na melhor fase da sua sexualidade e relembrou traumas, como o assassinato da mãe e o suicídio do pai.
A artista de 64 anos falou sobre um abuso sexual do qual sobreviveu quando tinha apenas dez anos. "Entrei num ônibus, e o motorista me levou até o ponto final, me colocou sentada no colo dele e pediu um beijo. Pulei pela janela e corri quase um quilômetro, com medo de que ele estivesse atrás de mim. Na época, não contei para ninguém. Não sabia se o erro era meu", relata.
O episódio, ela afirma, não afetou sua vida sexual, mas ela admite que só desabrochou para as relações mais íntimas já na maturidade. "Minha relação com prazer foi tardia. A sexualidade implica entrega absoluta e, durante muitos anos, não estive pronta para isso", revela.
Atualmente, Maitê vive sua primeira relação pública com uma mulher, a cantora Adriana Calcanhoto. A atriz afirma que está em sua melhor fase na cama. "Agora é bem mais legal, sim. Antigamente eu estava lá investigando, experimentando um pouco aqui e ali. Precisei fazer muitas experiências para chegar a um lugar mais livre e relaxado", conta.
Sobre o namoro, a atriz se limita a dizer que Adriana acompanha a sua visão de mundo. "Depois de uma determinada fase da vida, você tem de ficar com pessoas com quem consiga conversar, para não ter de traduzir para o outro tudo o que percebe do mundo."
À publicação, Maitê Proença conta ainda como se recuperou da tragédia familiar. Sua mãe, a professora Margot Proença, foi morta a facadas pelo pai da atriz, Augusto Carlos Eduardo da Rocha Monteiro Gallo, que se suicidou 19 anos mais tarde. Dos traumas, a artista fez nascer um livro Pior de Mim (com previsão de lançamento para abril) e uma peça de teatro, que estreia no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro, em 25 de março.
Parte da cura, segundo ela, se deu com a decisão de não esconder o que aconteceu. "[Lidei com os traumas] Falando abertamente, expondo meus sentimentos, sem me fechar nem fingir que não existiu. Precisei seguir em frente, tentando lidar com tudo", afirma.
A atriz conta que tentou recorrer à terapia, mas no seu caso não foi suficiente. "Por isso, eu fui viajando, tomando daime e experimentando lugares em que as pessoas propunham cura. Você precisa engajar seu corpo, sua respiração, manter-se saudável. Quando a gente está com menos saúde, fica muito menos predisposta à cura", explica.
Questionada se já fez uso abusivo de drogas e álcool, Maitê pondera: "Vivi um momento em que as drogas estavam associadas à autolibertação. E era isso que sentia, que elas me libertavam emocionalmente, me tiravam de onde eu estava trancada. Mas nunca fui muito boa com drogas. Enquanto todo mundo estava se drogando muito, eu parava antes porque não dava conta. Me faziam mais mal do que aos outros".
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