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QUER MUNDO MELHOR

Leticia Colin alfineta futilidade na internet: 'Se eu tô magra ou gorda não interessa'

Reprodução/Instagram

A atriz Leticia Colin com expressão séria em foto com close em seu rosto, publicada no Instagram dela

Leticia Colin quer usar suas redes sociais como espaço para diálogo e exposição de temas relevantes

FERNANDA LOPES

Publicado em 29/6/2020 - 5h17

Quem entrar nas redes sociais de Leticia Colin em busca de muito glamour, dicas de beleza e selfies vai sair decepcionado. Com 3,5 milhões de seguidores só no Instagram, ela critica a futilidade e a pressão por padrões de beleza. A atriz prefere focar assuntos de interesse público para acrescentar algo mais profundo na vida de quem a acompanha.

"São tempos novos, a gente está aprendendo a se relacionar com tecnologias, rede social, uma exposição que maltrata muito as diferenças também. Não tem como não falar sobre racismo, padrões que são impostos goela abaixo nas mulheres. Eu não quero fazer parte disso, quero construir um mundo mais livre, que valorize a singularidade, diferença, subjetividade, a beleza de cada um", afirma.

"Sei que tem adolescentes que me seguem, então, não vou ficar postando foto da minha barriga e falando que isso é legal. Se eu estou magra ou se eu estou gorda não interessa", declara a intérprete.

Leticia está no ar atualmente na reprise de Novo Mundo (2017), interpretando a princesa Leopoldina, que teve papel muito importante na política brasileira no século 19. Hoje, a atriz usa sua popularidade e influência nas redes sociais também para falar de política, com algumas críticas à sociedade e ao governo.

"Quero falar de ser humano, arte, educação, fazer as críticas que eu tenho que fazer ao governo, que me cabem como cidadã. Tem que ter responsabilidade pra a gente se colocar. Se todo mundo tiver autocrítica e consciência, as coisas vão melhorando. Minha ideia é usar o espaço que eu tenho pra dizer coisas que a gente precisa, muito mais do que falar de dietas, de padrão de beleza, não sei o quê", discursa.

"O mundo virtual precisa começar a se parecer mais com o mundo real. Cinquenta e quatro por cento da população é negra, então, a gente tem que fazer esse equilíbrio. A gente tem que começar a equilibrar a exposição com a realidade, que é a de um país desigual, que trata muito mal nosso povo", diz Leticia.

A partir do próximo dia 7, a atriz aparecerá na Globo também nas noites de terça-feira na reprise de Cine Holliúdy. Ela acredita que, por ser politizada e se passar em uma cidade nordestina, a série também é útil para quem quer pensar mais sobre a realidade brasileira.

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