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'FRESCURA'

Leda Nagle reclama por não poder usar termos racistas: 'Não sei como se fala mais'

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

A jornalista Leda Nagle em entrevista ao podcast Papagaio Falante, com fundo roxo, expressão séria

A jornalista Leda Nagle em entrevista ao podcast Papagaio Falante, exibido na última terça (28)

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 3/3/2023 - 12h02

Leda Nagle demonstrou falta de vontade para acompanhar noções básicas de respeito dos tempos atuais. A jornalista afirmou que se incomoda por não poder utilizar termos hoje considerados racistas, como a expressão "denegrir". Ela também disse que se recusa a usar a palavra "todes", por não concordar com a linguagem neutra e achá-la uma "frescura". "Tem um monte de coisa que eu não sei hoje em dia como se fala mais", reclamou. 

Em entrevista ao podcast Papagaio Falante, de Sérgio Mallandro e Renato Rabelo, Leda comentou sobre a palavra todes, utilizada em peças de comunicação e cerimônias do atual governo federal. Ela deixou claro que não faz a menor questão de incluir a linguagem neutra em seu dia a dia. 

"Não vou falar todes. Vou falar todos, porque todos quer dizer todos nós. Nós todos. Mas eu não vou falar [a linguagem neutra], porque não vou aprender agora isso. Mas é difícil, porque você não quer ofender as pessoas também. Acho frescura. Quem quiser falar, fala, mas eu não vou falar", afirmou. 

Linguagem neutra existe para evitar o uso dos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade, masculino e feminino, e proporcionar uma comunicação mais inclusiva, abrangendo também pessoas não-binárias. 

Leda também lamentou por não poder mais falar termos de origem racista. "Tem um monte de coisa que eu não sei hoje em dia como se fala mais. Você não sabe mais como se referir, por exemplo. Tem o 'denegrir' que não pode falar. 'Mulata' também não pode, e isso me incomoda muito, porque às vezes fico meio atrapalhada", confessou. 

A jornalista ainda contou que recentemente entrevistou uma advogada negra, especialista em visto para os Estados Unidos, e ficou sem saber como tratar a mulher. 

"Eu lá naquela situação porque ela não é 'neeegra', entendeu? E eu perguntei: 'Como é que devo me referir a você?'. E ela: 'Eu sou afro-latina'. Olha que loucura! Olha como é que chega ao requinte", se surpreendeu a mãe de Duda Nagle. 

Confira o podcast na íntegra:



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