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LUTO

Jornalista da Globo, Artur Xexéo morre aos 69 anos vítima de linfoma

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Artur Xexéo no estúdio do Oscar, na Globo; jornalista morreu

Artur Xexéo era comentarista do Oscar na Globo e jornalista da GloboNews; morreu neste domingo (27)

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 27/6/2021 - 20h39
Atualizado em 28/6/2021 - 6h00

Jornalista da GloboNews e comentarista do Oscar na Globo, Artur Xexéo morreu neste domingo (27), aos 69 anos. O escritor e um dos maiores nomes do jornalismo cultural do país estava internado no Rio de Janeiro em tratamento contra um linfoma. A informação da morte foi confirmada pelo Fantástico.

"Infelizmente, uma notícia muito triste. Morreu agora durante a noite o escritor e jornalista Artur Xexéo. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro, depois de ser diagnosticado com um câncer do tipo 'linfoma não-Hodgkin'. Xexéo tinha 69 anos", comunicou Poliana Abritta.

Artur Oscar Moreira Xexéo nasceu em 5 de novembro de 1951, no Rio de Janeiro. Era filho de José de Mesquita Caldas Xexéo, oficial do Exército, e Zália Moreira Xexéo, dona de casa. Depois de rodar por diversas cidades do interior do Brasil na infância e na juventude, deixou os pais em Juiz de Fora, Minas Gerais, ao terminar o colegial.

A primeira faculdade em que ingressou foi a de Engenharia, na PUC-Rio, mas apaixonou-se pelo Jornalismo e iniciou o curso de Comunicação Social, na Faculdade Hélio Alonso. Fez estágio no Jornal do Brasil, mas se tornou repórter na revista Veja, em 1978.

Na década de 1980, depois de conhecer Zuenir Ventura, começou a se especializar em jornalismo cultural. Passou pela IstoÉ, além de ter sido editor, subsecretário de Redação e colunista do Jornal do Brasil.

"Na coluna, Xexéo falava de cultura, televisão, política, sempre em um tom crítico, o que conquistou milhares de leitores assíduos --por diversas vezes, batera o recorde de cartas e telefonemas do periódico. E lá se foram 20 anos", registra o site Memória Globo.

Em 2000, Xexéo levou a coluna para o jornal O Globo. Cobriu eleições, fez trabalhos relacionados com a cultura, foi crítico de televisão e passou a atuar como comentarista na Rádio CBN, em 2001. Como escritor, tem em sua obra títulos como Janete Clair: A Usineira De Sonhos, O Torcedor Acidental e Hebe, A Biografia.

Em junho de 2010, o jornalista se tornou comentarista de cultura do Estúdio I, da GloboNews, função que ocupou até o fim da vida. Desde 2015, também participava da transmissão ao vivo da premiação do Oscar pela Globo, ocupando o posto que pertencia a José Wilker (1944-2014).

Amigos expressaram tristeza com a notícia. "Vai deixar uma saudade profunda neste colunista, que teve o privilégio de trabalhar com Xexéo em Veja, Jornal do Brasil e O Globo. Além de contar com a sua generosa amizade. Ao seu companheiro Paulo, uma solidariedade profunda", escreveu Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

A Globo também lamentou a morte de Xexéo por meio de nota. Leia na íntegra:

"Um humor refinado, textos e comentários de estilo único, uma referência de conhecimento da cultura nacional. Jornalista, escritor, comentarista e crítico de teatro, Artur Xexéo morreu neste domingo, dia 27, no Rio de Janeiro, aos 69 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer. Colunista de O Globo e comentarista da GloboNews, onde tinha participação fixa no programa Estúdio I, desde 2015 participava das transmissões do Oscar na TV Globo.

Nascido no Rio de Janeiro em 1951, Artur Xexéo chegou a cursar Engenharia, mas trocou os números pelas letras do curso de Comunicação Social. Começou a carreira no Jornal do Brasil e passou pelas redações dos maiores jornais da capital fluminense, pela revista Veja e pela rádio CBN. Foi um dos maiores especialistas na análise e na crítica da cultura nacional. "A vida cultural brasileira precisa ser refletida", disse em entrevista ao Memória Globo.

Na Globo, integrou as equipes dos seriados Pé na Cova, Sexo e as Negas e Brasil a Bordo. É autor dos livros Janete Clair - A usineira dos Sonhos, uma biografia da novelista, e O Torcedor Acidental, coleção de crônicas sobre os bastidores de suas coberturas de Copas do Mundo.

Escreveu os musicais A Garota do Biquíni Vermelho (2010), dirigido por Marília Pêra, sobre a vida da atriz Sônia Mamede; e Nós Sempre Teremos Paris (2012), dirigido por Jaqueline Laurance e estrelado por Françoise Forton. Em 2016, homenageou um dos maiores ícones do samba com o musical Cartola - O Mundo é um Moinho. Sua última obra no teatro foi a adaptação do espetáculo americano A Cor Púrpura, em 2019."

Veja mensagens de amigos e admiradores de Xexéo abaixo:


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