LUTO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Artur Xexéo era comentarista do Oscar na Globo e jornalista da GloboNews; morreu neste domingo (27)
Jornalista da GloboNews e comentarista do Oscar na Globo, Artur Xexéo morreu neste domingo (27), aos 69 anos. O escritor e um dos maiores nomes do jornalismo cultural do país estava internado no Rio de Janeiro em tratamento contra um linfoma. A informação da morte foi confirmada pelo Fantástico.
"Infelizmente, uma notícia muito triste. Morreu agora durante a noite o escritor e jornalista Artur Xexéo. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro, depois de ser diagnosticado com um câncer do tipo 'linfoma não-Hodgkin'. Xexéo tinha 69 anos", comunicou Poliana Abritta.
Artur Oscar Moreira Xexéo nasceu em 5 de novembro de 1951, no Rio de Janeiro. Era filho de José de Mesquita Caldas Xexéo, oficial do Exército, e Zália Moreira Xexéo, dona de casa. Depois de rodar por diversas cidades do interior do Brasil na infância e na juventude, deixou os pais em Juiz de Fora, Minas Gerais, ao terminar o colegial.
A primeira faculdade em que ingressou foi a de Engenharia, na PUC-Rio, mas apaixonou-se pelo Jornalismo e iniciou o curso de Comunicação Social, na Faculdade Hélio Alonso. Fez estágio no Jornal do Brasil, mas se tornou repórter na revista Veja, em 1978.
Na década de 1980, depois de conhecer Zuenir Ventura, começou a se especializar em jornalismo cultural. Passou pela IstoÉ, além de ter sido editor, subsecretário de Redação e colunista do Jornal do Brasil.
"Na coluna, Xexéo falava de cultura, televisão, política, sempre em um tom crítico, o que conquistou milhares de leitores assíduos --por diversas vezes, batera o recorde de cartas e telefonemas do periódico. E lá se foram 20 anos", registra o site Memória Globo.
Em 2000, Xexéo levou a coluna para o jornal O Globo. Cobriu eleições, fez trabalhos relacionados com a cultura, foi crítico de televisão e passou a atuar como comentarista na Rádio CBN, em 2001. Como escritor, tem em sua obra títulos como Janete Clair: A Usineira De Sonhos, O Torcedor Acidental e Hebe, A Biografia.
Em junho de 2010, o jornalista se tornou comentarista de cultura do Estúdio I, da GloboNews, função que ocupou até o fim da vida. Desde 2015, também participava da transmissão ao vivo da premiação do Oscar pela Globo, ocupando o posto que pertencia a José Wilker (1944-2014).
Amigos expressaram tristeza com a notícia. "Vai deixar uma saudade profunda neste colunista, que teve o privilégio de trabalhar com Xexéo em Veja, Jornal do Brasil e O Globo. Além de contar com a sua generosa amizade. Ao seu companheiro Paulo, uma solidariedade profunda", escreveu Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
A Globo também lamentou a morte de Xexéo por meio de nota. Leia na íntegra:
"Um humor refinado, textos e comentários de estilo único, uma referência de conhecimento da cultura nacional. Jornalista, escritor, comentarista e crítico de teatro, Artur Xexéo morreu neste domingo, dia 27, no Rio de Janeiro, aos 69 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer. Colunista de O Globo e comentarista da GloboNews, onde tinha participação fixa no programa Estúdio I, desde 2015 participava das transmissões do Oscar na TV Globo.
Nascido no Rio de Janeiro em 1951, Artur Xexéo chegou a cursar Engenharia, mas trocou os números pelas letras do curso de Comunicação Social. Começou a carreira no Jornal do Brasil e passou pelas redações dos maiores jornais da capital fluminense, pela revista Veja e pela rádio CBN. Foi um dos maiores especialistas na análise e na crítica da cultura nacional. "A vida cultural brasileira precisa ser refletida", disse em entrevista ao Memória Globo.
Na Globo, integrou as equipes dos seriados Pé na Cova, Sexo e as Negas e Brasil a Bordo. É autor dos livros Janete Clair - A usineira dos Sonhos, uma biografia da novelista, e O Torcedor Acidental, coleção de crônicas sobre os bastidores de suas coberturas de Copas do Mundo.
Escreveu os musicais A Garota do Biquíni Vermelho (2010), dirigido por Marília Pêra, sobre a vida da atriz Sônia Mamede; e Nós Sempre Teremos Paris (2012), dirigido por Jaqueline Laurance e estrelado por Françoise Forton. Em 2016, homenageou um dos maiores ícones do samba com o musical Cartola - O Mundo é um Moinho. Sua última obra no teatro foi a adaptação do espetáculo americano A Cor Púrpura, em 2019."
Veja mensagens de amigos e admiradores de Xexéo abaixo:
Vai deixar uma saudade profunda neste colunista, que teve o privilégio de trabalhar com Xexéo, além de contar com a sua generosa amizade. É pena!https://t.co/Wp5qxNzoCW
— Ancelmo.Com (@Ancelmocom) June 27, 2021
Lamento muito a morte do jornalista e escritor Artur Xexéo. Um linfoma o levou aos 69 anos. O mundo fica menos inteligente, lhano, delicado. Que dias estes!
— Reinaldo Azevedo (@reinaldoazevedo) June 27, 2021
Triste pela perda deste querido amigo e colega. Missão cumprida Xexéo! https://t.co/aYGN0NcBq9
— André Trigueiro (@andretrig) June 27, 2021
Noite triste para o jornalismo e a cultura do nosso país. Comecei a ler Artur Xexéo ainda muito jovem, nas páginas do Jornal do Brasil. Um jornalista fundamental p/ várias gerações. Nesse momento difícil do país, sua voz lúcida e corajosa fará muita falta. https://t.co/Pez1wxCLli
— Gerson Camarotti (@gcamarotti) June 27, 2021
O Fluminense Football Club lamenta profundamente o falecimento do jornalista Artur Xexéo, Tricolor de coração. Desejamos muita força aos familiares e amigos.
— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) June 27, 2021
Por conta da repercussão da passagem do querido Artur Xexéo, faremos o Cidades e Soluções ao vivo mais tarde, a partir das 22h05, dentro do Jornal das Dez. Faremos em homenagem à ele. Mesmo impactados pela perda do amigo, seremos profissionais como ele maravilhosamente foi.
— André Trigueiro (@andretrig) June 28, 2021
Tristeza : o jornalismo brasileiro perde mais um de seus bons profissionais: descanse em paz, Artur Xexéo !
— Chico Pinheiro (@chico_pinheiro) June 27, 2021
Pra estragar o domingo e 2021 de vez, Artur Xexéo morreu. Que tristeza, um dos melhores textos do jornalismo cultural do Brasil @axexeo 😔 #ArturXexéo
— Ricardo Feltrin (@feltrinoficial) June 27, 2021
Artur Xexéo, gente como você não morre nunca.
— Paulo Coelho (@paulocoelho) June 28, 2021
Descansa um pouquinho e volta logo!
Muitas saudades, grande amigo
Muito triste com a notícia da morte de Artur Xexéo. O conheci na redação do "Jornal do Brasil" no fim dos anos 80 e o admirava muito. Imensa perda pro jornalismo cultural brasileiro.
— André Barcinski (@andre_barcinski) June 27, 2021
Esta foto é de 2 de novembro de 2018. Artur Xexéo, meu ex-editor no Caderno B, me dando boas-vindas ao @estudioi. Hoje, 27 de junho de 2021, tenho me despedir dele, inconformado. Vazio imenso. pic.twitter.com/i6kPjdw49E
— Arthur Dapieve (@arthurdapieve) June 27, 2021
Acabei de receber a notícia do falecimento do escritor e jornalista Artur Xexéo aos 69 anos. Bastante respeitado e querido, ele foi vítima de um linfoma. Descanse em paz!
— Jandira Feghali 🇧🇷🚩 (@jandira_feghali) June 27, 2021
Ácido, inteligente, bem humorado, necessário. Se vai mais uma grande mente do nosso país. Descanse, Artur Xexéo. pic.twitter.com/zx0D4r96jY
— Mônica Martelli (@monicamartelli1) June 28, 2021
que tristeza morte do Artur Xexéo. Foi muito rápido, muito cedo. Enorme perda pro jornalismo de arte e cultura no Brasil. Perda pra literatura, do olhar afiado e maduro sobre o q acontece no país. Força e solidariedade à família e amigos. #RIP
— thais herédia (@thaisheredia) June 28, 2021
A imprensa brasileira está de luto. Partiu Arthur Xexéu. O colunista era um ícone do jornalismo cultural. Carioca da gema, Xexéu foi amante do teatro, da literatura, do cinema, da música e da televisão. Aos inúmeros amigos e à família, meus sentimentos.
— Luciano Huck (@LucianoHuck) June 27, 2021
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