Festival de rap corta Luísa Sonza de line-up após reclamações e escândalo; entenda

Luísa Sonza teve seu nome retirado da lista de artistas que se apresentarão no REP Festival, no Rio de Janeiro. O evento inicialmente anunciou a funkeira como uma das atrações, mas apagou o nome dela e divulgou uma nova lista. Apesar dela ter sido substituída, o REP não afirmou que a tirou por conta de uma acusação de injúria racial, extinta em 2018, em que ela esteve envolvida.

Nesta segunda (24), a página do REP Festival no Instagram apareceu com outro line-up, desta vez com um novo nome no lugar em que Luísa aparecia: o rapper cearence Don L. Ela tinha sido convidada para fazer uma participação no show de Xamã.

Don L havia lamentado que só seria convidado para algum show caso o evento acontecesse na região Nordeste do país. Mais tarde, ele revelou que aceitou "por um valor que permitisse melhorar o natal de sua banda, e começar a fazer o que ele sempre quis".

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A saída da voz de Cachorrinhas do evento foi comemorada por Flora Matos, cantora que trouxe à tona a ação de injúria racial a que Luísa esteve envolvida. Na época, a advogada Isabel Macedo de Jesus a acusou de ser ríspida e confundi-la com a funcionária de uma festa por ela ser negra. A artista se defendeu em setembro, quatro anos depois do caso.

Flora estará o REP, e trocou farpas com Luísa depois de ter sido substituída no Poesia Acústica 13 pela loira. Ela alegou que foi esnobada: "Você luta por dignidade, respeito, e justiça, e é chamada de recalcada. Por que os fãs de racista são assim?", indagou ela no Twitter, nesta segunda (24).

Até o momento, a funkeira não se pronunciou sobre sua saída repentina do festival. O REP também não comentou sobre a substituição de Luísa por Don L. A lista reúne grandes nomes do gênero musical como Matuê, Filipe Ret, L7NNON, Papatinho, Emicida, Djonga, e também Iza, Ludmilla e Gloria Groove.

Luísa se defende de acusações

Em setembro, depois de Danilo Gentili e Flora Matos criticarem Luísa por supostamente sair impune de um caso de racismo, a artista se pronunciou para se defender. Ela pediu desculpas e sugeriu uma audiência para resolver o problema.

O Notícias da TV apurou que esse caso, registrado em 2018 como danos morais, foi extinto naquele mesmo ano pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por falta de pagamento das custas processuais de Isabel, que registrou o caso.

"Estou lidando com essa situação como uma oportunidade para tentar ser melhor, como sempre tentei fazer todas as vezes que alguma coisa aconteceu comigo, publicamente ou não. Por isso, a minha decisão é solicitar uma audiência especial para resolver amigavelmente o processo, acatando o valor pedido pela autora", afirmou Luísa.

Confira abaixo o anúncio do evento:

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Vc luta por dignidade respeito e justiça, e é chamada de recalcada pq os fãs de racista são assim.

— FLORA MATOS (@FloraMatos) October 24, 2022