ALEXANDRE CANHONI
REPRODUÇÃO/TV GLOBO E FACEBOOK
Alexandre Canhoni na época em que era paquito e hoje em dia; ex-galã é missionário na África
REDAÇÃO
Publicado em 3/7/2020 - 9h03
Alexandre Canhoni, ex-líder dos paquitos no Xou da Xuxa (1986-1992), abandonou a vida confortável há 18 anos para ser missionário na África e hoje tem 19 filhos adotados, além de 13 netos. Ele vive em Níger, o último país no ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
Em entrevista para a revista Quem, Xand, como era conhecido na época de paquito, contou que se considerava bastante egoísta quando era mais novo. "Eu vivia o luxo do estrelato. Frequentava os melhores hotéis e restaurantes, viajava em jatinhos. Não pensava em ninguém. Até que Jesus mudou isso na minha vida e me deu um coração com amor e compaixão para ajudar os menos favorecidos", afirmou.
O galã dos anos 1990 disse que começou o trabalho missionário ainda no Brasil, mas abriu mão do luxo porque queria ajudar crianças, jovens e adolescentes do país mais pobre do mundo. "Se eu tivesse aquele mesmo dinheiro que eu tinha, investiria mais ainda nos projetos com o próximo", declarou.
O ex-paquito mora com a mulher, Giovana Canhoni, e mais dez dos 19 filhos que adotaram, e trabalha em projetos sociais, como distribuição de cestas básicas, evangelização e educação. "Temos quatro creches, 11 projetos de nutrição, uma escola de costura, um trabalho de evangelização na prisão e hospital da capital, onde construímos uma brinquedoteca e mantemos uma parceria com uma escola para cegos", contou.
Para conseguir manter os projetos, Xand conta com a ajuda de doações e do dinheiro que recebe de sua carreira como cantor gospel no Brasil. Segundo ele, seu único luxo é ter ar-condicionado em casa. "Nem posso dizer que é luxo porque é uma necessidade. Moramos no deserto do Saara. No verão, minha sala chega a 50ºC. Com o ar-condicionado, conseguimos manter a temperatura nos 43ºC", disse.
Xand e Giovana retornaram ao Brasil no início de março em busca de recursos para o país em que vivem conseguir atravessar a pandemia da Covid-19, mas acabaram sendo infectados em uma escala que fizeram em Paris, na França. Praticamente recuperado, o casal espera a reabertura dos aeroportos em Níger para retornar. Mas mesmo de longe, continuam enviando ajuda para as vilas.
"As pessoas [em Níger] mal têm dinheiro para comida, quem dirá para máscaras. As ajudas para os projetos também caíram muito nesse período, mas mesmo assim, conseguimos fazer 600 máscaras para distribuir e continuamos entregando as cestas básicas", comemorou.
Além dos trabalhos no país africano, Alexandre ainda consegue ajudar 15 comunidades em São Paulo e cerca de 100 crianças na Índia. Ele tem aproveitado o tempo no Brasil para trabalhar na carreira como cantor gospel e lançar novos projetos.
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