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JONAS PAIVA

Ex-MTV é algemado e levado para delegacia após sair sem máscara em BH

REPRODUÇÃO/MTV e REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Montagem com Jonas Paiva no Are You The One? Brasil e, ao lado, ele algemado usando uma máscara de forma incorreta

Jonas Paiva, ex-participante do Are You The One? Brasil, foi algemado após sair sem máscara em BH

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 25/3/2021 - 17h56
Atualizado em 25/3/2021 - 20h48

Jonas Paiva, participante da quarta temporada do Are You The One? Brasil (MTV), foi algemado e levado à delegacia após descumprir a lei sobre o uso da máscara de proteção contra a Covid-19 em Belo Horizonte (MG). Na quarta-feira (25), o produtor de eventos foi abordado por guardas municipais enquanto praticava atividade física na rua sem o item.

"A pista é literalmente na frente da minha casa. Às vezes, não desço nem com o celular para correr, identidade ou máscara. Estou fazendo atividade física, estou tentando distrair no meio dessa loucura que está rolando", afirmou o ex-MTV nos Stories do Instagram. Em seguida, ele postou um vídeo do momento em que foi abordado pela autoridade local.

Jonas discutiu com o oficial e disse que seguiria normalmente com a corrida, quando foi detido pela guarda. "A vizinhança ficou em choque com a situação. Filmaram e tentaram, inclusive, descer e intervir, mas fui jogado no porta-malas como um bandido. Essa máscara tosca foi colocada em mim à força, após me algemarem com as mãos para trás", prosseguiu Jonas enquanto mostrava outras imagens da abordagem.

Na sequência de vídeos, o produtor de eventos mostrou hematomas supostamente ocasionados pela ação dos guardas e a multa de R$ 100 que recebeu pelo descumprimento da determinação do poder municipal. "Nunca foi para o nosso bem, para conter o vírus. Sempre foi pelo controle, poder. É muito cômodo trancar cidadão de bem em casa, tratar a gente igual a bandido", opinou ele.

Jonas também disse que os oficiais colocaram uma máscara nele à força depois de ter sido algemado e jogado no chão. "Agora tô seguro, o vírus não me pega, não. As pessoas não conseguem mais raciocinar e questionar ao que são submetidas."

Segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa atualizados ontem (24), Belo Horizonte já registrou 132.376 casos da Covid-19, com 3.050 mortes.

Posicionamento dos envolvidos

Procurado pelo Notícias da TV, Jonas disse que foi impedido de seguir com a atividade física "com uso de força desproporcional pelos diversos agentes da Guarda". Ele também relatou que ficou detido ontem e circulou por duas delegaciais durante a ação dos oficiais.

Em nota, a Guarda Municipal de Belo Horizonte informou que o ex-MTV foi conduzido à Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal, da Polícia Civil de Minas Gerais, na qual uma ocorrência foi registrada e o produtor ficou à disposição do delegado para as medidas cabíveis.

Confira o vídeo com o relato de Jonas Paiva e o seu posicionamento na íntegra:

"Fui abordado, às 8h20, numa pista de caminhada em via pública, na porta da minha casa, sozinho, enquanto fazia atividade física aeoróbica (cooper), inclusive sem camisa e ao ar livre, sob o sol, conforme recomendações de qualquer médico que conheço e, inclusive, da OMS [Organização Mundial da Saúde]. Portava só o celular e os fones de ouvido nos quais ouvia música enquanto corria.

Quando passei pelos cerca de seis oficiais da Guarda Civil, reunidos bem próximos no canteiro central da pista, um deles fez um sinal com as mãos, mas que nem ao certo soube se era para mim o sinal, pois não consegui ouvir. Ao fazer a volta na pista, já me deparei com a equipe inteira de guardas fechando a mesma, formados quase que em linha impedindo sua passagem e logo solicitando de forma firme os meus dados que, como mostro nos vídeos, informei que não abriria mão do meu direito constitucional de ir e vir.

Afinal, razoavelmente, qualquer um pode notar e concluir que não praticava nenhuma atividade suspeita. Mas, mesmo assim, fui impedido com uso de força. desproporcional pelos diversos agentes da Guarda. Fiquei detido durante todo o dia 24, circulando por duas delegacias em três momentos distintos. Neste ir e vir, ouvi e até conversei com diversos oficiais de diferentes esferas, funções e inclusive turnos ao longo do dia, no geral atenciosos, que demonstraram insatisfação com as recentes ordens abusivas as quais vem se submetendo, adotadas pelos seus respectivos chefes executivos sob o argumento de pandemia, gerando desgaste na relação Cidadão versus Oficial, e consequente infelicidade generalizada.

Por fim, percebendo a amplitude e profundidade desta situação, escolhi também não registrar nenhuma queixa relacionada à conduta de nenhum agentes da Guarda Municipal, sequer das polícias durante o exercício de suas funções, preferindo, dividir com total transparência em minhas redes sociais, com família, amigos e pessoas que me conhecem e acompanham outra realidade do contexto atual, transparecendo o tamanho do movimento da maquina pública para satisfazer objetivos claramente abusivos e inconstitucionais, mostrando a verdade desta realidade e os reais responsáveis por todo o difícil contexto que nos encontramos forçados a viver.
Acredito que somente assim, identificando e cobrando, firmes, unidos e com a verdade, sairemos juntos dessa."

Confira o posicionamento, na íntegra, da Guarda Municipal de Belo Horizonte:

"A Guarda Municipal conduziu o cidadão à Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal (Deajec), da Polícia Civil, na tarde de ontem, dia 24, após ele se recusar a utilizar máscara em via pública. O uso do artigo protegendo nariz e boca é obrigatório na capital desde 14 de julho de 2020, com base na Lei 11.244.

Já o artigo 268 do Código Penal considera como ilícita a violação de determinação do poder público, que tenha finalidade de evitar entrada ou propagação de doença contagiosa, isolamento ou quarentena, ficando o responsável sujeito às penalidades impostas pela legislação.

Após ser abordado pelos guardas municipais no bairro Buritis, o homem se negou a usar a máscara e também a se identificar, o que impossibilitou aos agentes emitir o auto de infração para que ele fosse multado.

Ele chegou a receber uma máscara dos guardas municipais, mas ainda assim não quis usar o artigo de proteção. O homem então foi conduzido à Deajec, onde a ocorrência foi registrada e o cidadão ficou à disposição do delegado para as providências cabíveis.

Qualquer cidadão que quiser registrar alguma queixa relacionada à conduta de agentes da Guarda Municipal durante o exercício de suas funções pode entrar em contato com a Corregedoria da corporação ou com a Ouvidoria da Guarda Municipal, pelo telefone 156."


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