FASE DIFÍCIL
REPRODUÇÃO/TV BRASIL
Marcos Pasquim no Sem Censura; ator falou sobre como Kubanacan (2003) representou uma fase difícil
Marcos Pasquim revelou que teve síndrome do pânico quando trabalhava na Globo. Ex-galã da emissora, o ator foi destaque em Kubanacan (2003) e gravou a novela inteira em meio a crises difíceis e um período conturbado de sua saúde mental. "Na época, foi excesso de trabalho", confessou.
Em entrevista ao Sem Censura, da TV Brasil, o ator comentou a fase difícil que viveu na emissora com seu personagem mais marcante, Esteban. "Eu fiz Kubanacan inteira com síndrome do pânico", pontuou. "Como você conseguiu?", questionou a apresentadora Cissa Guimarães, assustada.
"Na metade de O Quinto dos Infernos (2002) eu tive pânico", relembrou ele. Para conseguir continuar trabalhando, ele se consultou com um psiquiatra e iniciou um tratamento. "Aí eu tomei uns negocinhos", brincou.
"Me tratei. Fiquei quatro anos tomando remédio, depois eu fui desmamando dos remédios e hoje em dia eu não tomo mais nada", contou ele. "Na época, foi excesso de trabalho. Eu trabalhava demais, era muita coisa", admitiu.
Cissa questionou se a exposição aos paparazzi e à mídia teve algo a ver com a fase complicada. "Ah, sim, junta tudo. Foi um período de muito trabalho e estresse", pontuou. "A primeira coisa que a fama faz é acabar com a liberdade."
A apresentadora pontuou que ele está em uma fase de muito trabalho novamente --e que se preocupa com a saúde mental em um momento como esse. "Mas agora já tá tudo sob controle. A idade traz isso, eu já sei lidar melhor com o tempo. Você sabe dizer não", comentou.
"Eu tô praticando meu ócio criativo", brincou. "Sim, é necessário, quanto mais para nós artistas", acrescentou Cissa.
Com a rotina pesada, Marcos Pasquim chegou a pedir mudanças em Kubanacan para que pudesse descansar. "Eu não tinha vida. Eu comia e respirava a novela. Fazia vários personagens. Contracenei com quase todo o elenco da Globo e estava sempre fugindo da polícia, fazendo cenas de ação", lembrou ele, em entrevista a Patrícia Kogut quando Kubanacan entrou no catálogo do Globoplay.
"Lembro que, com três meses de gravação, eu estava exausto e pedi para o autor me dar um alívio. Quem sabe dar um tiro no personagem e deixá-lo em coma. Foi o que aconteceu: o Esteban foi baleado e entrou em coma", relembrou.
"Só que, a partir daí, ele começou a duelar mentalmente com o lado sombrio dele, o Dark Esteban. Então, foram gravações intermináveis num ringue de boxe em que eu lutava comigo mesmo. Ali eu aprendi que devemos tomar muito cuidado ao pedir alguma coisa para o autor da novela", brincou o ator.
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