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Thalma de Freitas

Em crise, atriz da Globo se muda para os EUA e desiste de novelas

Divulgação/Brian B+ Cross

Thalma de Freitas em ensaio de fotos feito para divulgação de seu show solo, em Los Angeles - Divulgação/Brian B+ Cross

Thalma de Freitas em ensaio de fotos feito para divulgação de seu show solo, em Los Angeles

FERNANDA LOPES

Publicado em 6/7/2016 - 6h34

Quando estava prestes a completar 40 anos, em 2012, Thalma de Freitas entrou em crise. A atriz, que fazia parte do elenco Malhação, sentia vontade de mudar de vida. Ao engravidar do namorado, o fotógrafo irlandês Brian Cross, largou tudo e se mudou para Los Angeles, nos Estados Unidos. Hoje, aos 42, mãe de uma menina de 3, ela dá outros rumos à carreira. No ar na reprise de Laços de Família (2000), no canal Viva, e depois de 14 folhetins em 18 anos, Thalma diz que não pretende voltar a fazer novelas.

"Não sou uma pessoa nostálgica. Trabalhei durante 18 anos na Globo, 14 como funcionária exclusiva, e sei que isso é um privilégio. Em Hollywood, as pessoas reconhecem e respeitam essa experiência. Tudo o que vivi na TV brasileira agrega muito valor à minha nova fase de vida, mas sem nostalgia", diz.

Recentemente, Thalma recusou convites para voltar às novelas. "Para quem gostava do meu trabalho, agora pode seguir os passos da atriz Jéssica Ellen, que fez minha filha em Malhação", sugere aos saudosos, citando a intérprete de Adele de Totalmente Demais.

A atriz e cantora vive hoje de música. Colabora com vários artistas nos Estados Unidos e se prepara para seu primeiro show solo em território norte-americano.

Como compositora, Thalma já teve suas músicas gravadas por artistas como Gal Costa (a canção Ecstasy) e Gabi Amarantos (Chuva). Filha de um pianista e maestro, ela já lançou três CDs, em 1996, 2004 e 2007. Seu primeiro show solo nos Estados Unidos está marcado para o dia 4 de agosto, em Los Angeles, com músicas em português.

Thalma também visa construir uma carreira internacional como atriz. Ela estuda fotografia e edição em um estúdio e trabalha como voluntária na distribuidora Array, propriedade da diretora Ava Duvernay (de Selma, indicado ao Oscar de melhor filme em 2015). Em seu currículo vitae, afirma ter habilidades para lidar com figurino, produção, direção e, claro, atuação. "Aqui, resolvi me dedicar a uma parte mais técnica [do trabalho], porque nunca tive chance de fazer isso no Brasil", explica.

Divulgação/globo

Thalma de Freitas durante as gravações da novela Laços de Família como a personagem Zilda

Laços de Família

Por causa de Laços de Família, Thalma tem sido alvo de telespectadores brasileiros nas redes sociais. Econômica, ela responde apenas com uma foto ou outra da novela. Ela, que já trabalhou em novelas como O Clone (2001), Sete Pecados (2007) e Caras & Bocas (2009), está de volta à TV involuntariamente com uma de suas personagens mais marcantes, a empregada doméstica Zilda.

Nos 16 anos que separam a exibição original da novela da reprise atual, muita coisa mudou, inclusive os direitos e deveres das empregadas domésticas perante a lei. Nas redes sociais, há telespectadores que chamam a atenção para o fato de Zilda atender às necessidades da família de Helena (Vera Fischer) a qualquer hora do dia ou da noite, sem ter vida própria. A atriz, no entanto, não acha que sua personagem era explorada pela patroa.

"Helena era uma mulher honesta e generosa. Na verdade, ninguém sabe quanto Zilda ganhava, mas ela era feliz no trabalho, então concluímos que era bem remunerada. O traço principal da Zilda era justamente o fato de ela não ser uma serviçal, mas alguém que tinha voz própria. O [autor] Manoel Carlos deu muita fala para ela, uma coisa rara [para empregadas] até então nas novelas. Zilda é uma personagem que transgrediu o papel da empregada", acredita.

Nos bastidores da trama, Thalma conta que o clima era de amizade e cumplicidade. Ela já era amiga de Reynaldo Gianecchini dos tempos em que ambos trabalhavam como modelos e lembra com carinho das conversas que tinha com Tony Ramos.

"Entre as minhas melhores lembranças, estão os papos com Tony Ramos, que vivia contando suas histórias de vida, de viagens e até trocando receitas de jiló! Foi uma das melhores coxias em que já trabalhei no Projac", afirma, sem nostalgia, mas com um resquício de saudade.


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