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O AVESSO DO BORDADO

De namoro com Wolf Maya a vício em droga: Nanini entrega intimidades em livro

ESTEVAM AVELLAR/TV GLOBO

Marco Nanini está com as mãos viradas para cima e discursa empolgado durante entrevista dada ao canal GloboNews

Marco Nanini em entrevista ao canal GloboNews; biografia do ator será lançada em 1º de fevereiro

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 22/1/2023 - 16h12

Aos 74 anos, Marco Nanini terá suas intimidades reveladas na biografia O Avesso do Bordado, escrito por Mariana Filgueiras, com lançamento em 1º de fevereiro pela Companhia das Letras. Os namoros com Wolf Maya e Marília Pêra (1943-2015) e a dependência em um sedativo, que associado ao álcool, causava transe no ator estão entre os assuntos abordados.

Febre nos anos 1970 até ser proibida na década seguinte, a droga fez com que o intérprete desmaiasse ao volante, o que o levou a abandonar o vício. Os detalhes da vida pessoal do artista, assim como a infância e a peregrinação até construir a carreira nos palcos traçam o perfil de Nanini, que se define como um senhor retraído.

Em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (22), ele conta que escolheu e procurou a biógrafa porque sentia a necessidade da afirmação de uma história que o ultrapassa.

"Há coisas que havia esquecido completamente, e lembrei com carinho. Mas o que passou, passou. Tornei-me também um leitor de mim. Tomara que possa me lembrar de mais tempos daqui pra frente", diz o intérprete, que ficou marcado na TV pelo trabalho como Lineu, de A Grande Família (2001-2014). Ele voltou às novelas depois do humorístico e seu último trabalho foi na quinta temporada de Sob Pressão (2022). 

No auge da série, ele fez uma primeira grande exposição de sua vida pessoal ao revelar publicamente sua orientação sexual. O ator é casado com o produtor Fernando Libonati há 36 e não tem filhos: "Gosto de criança dos outros, com o pai e a mãe do lado. Comigo sozinho, vai cair da minha mão. Ficaria em pânico. Aí desisti disso, mas com muita certeza e segurança".

O casal vivem em casas vizinhas, com uma passagem entre os muros, na companhia de seis cachorros. "Conheço tantos casais de todos os jeitos: mulheres e homens bissexuais, transexuais, pansexuais. Chegou uma hora em que falei: 'Tenho que normalizar, para não ficar me escondendo'", declara.

O veterano não se esquivou de revelar à publicação o que pensa sobre o avanço do conservadorismo no país, inclusive entre colegas do meio artístico, como Regina Duarte e Cassia Kis.

"Não compreendo essas pessoas. Não é nem uma questão de política. É uma questão de moral. Nunca poderia acreditar que certas pessoas fossem tão conservadoras a ponto de não suportar a homossexualidade, o negro, o pobre. Fico assustado. Acho fascista. Não imaginaria nunca essa corrente forte. Tanto é que eu estou comprando um monte de livros sobre fascismo para entender como é que isso nasceu e cresceu."


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