Choquei se defende após advogado de estudante morta culpar páginas de fofoca

A Choquei se pronunciou após a morte da estudante Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos. A jovem tirou a própria vida depois de reclamar de notícias falsas em páginas de fofoca, que a apontaram como uma suposta namorada de Whindersson Nunes. O advogado da família de Jéssica culpou os perfis da internet pela morte dela e disse que buscará responsabilizá-los. O suicídio foi confirmado pelos pais da estudante na sexta (22).

Nesta quinta (28), a página Choquei divulgou a primeira nota desde a morte de Jéssica Vitória. A assessoria de imprensa admitiu que o perfil veiculou uma fake news em suas redes sociais, mas retirou o conteúdo assim que os fatos foram apurados. Em sua defesa, o perfil alega que não foi a responsável pelo surgimento do boato.

'NÃO ESTOU BEM'

Milton Neves enfrenta depressão e revela por que abriu mão de toda fortuna

EM TRATAMENTO

Mulher de Faustão desabafa que 'nada tem sido muito fácil' após dois transplantes

Dono da Choquei, o fotógrafo e influenciador Raphael Sousa prestou esclarecimentos sobre o caso à Polícia Civil de Minas Gerais. Segundo ele, foram fornecidas "provas sobre o fato gerador da notícia falsa". O representante da página disse que irá contribuir com as investigações sobre a causa da morte de Jéssica e colaborar para que situações como essa não aconteçam mais.

"Neste momento, a Choquei passa por um profundo processo de reavaliação interna dos métodos adotados visando a implementação de filtros e códigos de conduta para evitar que episódios dessa natureza voltem a acontecer. Reiteramos nossa solidariedade e total apoio à família de Jéssica Vitória Canedo", informou a página de fofocas em nota no X.

O advogado Ezequiel Souza, representante da família de Jéssica, culpou os perfis da internet pela tragédia. Ele disse que a mãe da estudante espera que quem espalhou as notícias falsas sejam punidos. Confira abaixo a nota na íntegra, divulgada nas redes sociais de Inês Oliveira, matriarca de Jéssica:

"Vivemos numa era em que a informação se tornou amplamente acessível, especialmente por meio das redes sociais. Nunca antes na história da humanidade a disseminação de informações foi tão rápida e significativa para a sociedade. No entanto, diante da prematura partida de Jéssica, não podemos ignorar os riscos associados à propagação de informações falsas, desconexas e inverídicas, que têm prejudicado cotidianamente a vida de inúmeras pessoas e afetado a sociedade como um todo.

Embora o direito à liberdade de expressão esteja consagrado na Constituição Federal, sua prática deve observar os demais direitos previstos na Carta Magna, sobretudo o princípio da dignidade da pessoa humana. Torna-se, portanto, imperativo responsabilizar aqueles que ocupam posições de comunicadores em redes sociais pelos impactos de suas ações na vida alheia, assim como determina nosso ordenamento jurídico.

Assim, buscaremos e confiamos na Justiça para que todos os envolvidos na disseminação de notícias falsas que possam ter contribuído para o falecimento de Jéssica sejam responsabilizados conforme a lei."