LADO SUJO DA FAMA
Reprodução/Netflix
Lori Loughlin interpreta a tia Becky na comédia Fuller House, disponível na Netflix: golpe milionário
REDAÇÃO
Publicado em 12/3/2019 - 13h15
Atualizado em 12/3/2019 - 14h05
As atrizes Felicity Huffman, de Desperate Housewives (2004-2012) e American Crime (2015-2017), e Lori Loughlin, de Fuller House, foram presas na manhã desta terça-feira (12) em Los Angeles, acusadas de subornar faculdades norte-americanas para que suas filhas fossem aceitas como estudantes das prestigiadas instituições.
Segundo o site Deadline, elas devem comparecer a uma reunião no tribunal durante a tarde e serão soltas na sequência, aguardando o julgamento do caso. Elas podem ser condenadas a passar até cinco anos atrás das grades.
De acordo com a investigação do FBI divulgada nesta terça (12), Lori chegou a pagar US$ 500 mil (R$ 1,9 milhão) para que suas duas filhas fizessem parte da equipe de remo da USC (Universidade do Sul da Califórnia), o que facilitaria a admissão delas na faculdade.
O FBI, no entanto, informa que as herdeiras da atriz, Olivia Jade Giannulli e Isabella Rose Giannulli, sequer praticavam o esporte e nunca chegaram a participar de um treino na universidade. Elas chegaram a posar para fotos em um aparelho que simula o movimento de remadores para que a farsa ganhasse corpo.
Situação similar ocorreu com Felicity e seu marido, o também ator William H. Macy. Os dois são acusados de pagarem cerca de US$ 15 mil (R$ 57 mil) para que a filha mais velha, Sophia Grace Macy, entrasse em uma universidade. O suborno foi disfarçado como uma doação para a instituição.
De acordo com o site TMZ, a jovem teve o dobro de tempo para realizar o SAT (espécie de Enem norte-americano) do que todos os outros candidatos. Com isso, conseguiu melhorar sua nota em quase 400 pontos em relação a um exame prévio.
Felicity e Macy pensaram em repetir a estratégia com a segunda filha, Georgia Grace, mas desistiram do golpe antes de seguir adiante com ele.
As duas atrizes fazem parte de um esquema muito maior, que envolve 50 indiciados em todo o país e subornos de até US$ 6 milhões (R$ 22,8 milhões). No total, foram pagos mais de US$ 25 milhões (R$ 95 milhões).
De acordo com a polícia, a lista de golpistas inclui ainda executivos de grandes empresas (inclusive de órgãos públicos) e o estilista Mossimo Giannulli, marido de Lori Loughlin.
Representantes e assessores de Felicity, Lori, Giannulli e William H. Macy ainda não se pronunciaram sobre as acusações.
Segundo a polícia, um homem chamado William Rick Singer teria criado uma organização não-lucrativa de fachada, que servia para lavar o dinheiro dos pais que quisessem utilizar seus serviços para emplacar seus filhos na faculdade.
Singer, então, agia de duas formas diferentes: fraudava as provas de admissão dos alunos, pagando corretores para aumentarem as notas, ou criava falsos perfis atléticos para os possíveis estudantes, o que facilitava suas inclusões nas escolas.
O golpista ainda instruía os pais a usarem as doações para sua "caridade" na restituição do imposto de renda. Os investigadores disseram que nem todos os alunos estavam cientes do esquema.
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