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MARIA EDUARDA DE CARVALHO

Atriz de Cara e Coragem revela abuso sexual que sofreu na infância: 'Me senti suja'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Maria Eduarda de Carvalho em cena de Cara e Coragem com expressão séria

A atriz Maria Eduarda de Carvalho em cena de Cara e Coragem; ela revelou ter passado por abuso sexual

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 22/10/2022 - 11h01

Maria Eduarda de Carvalho fez um desabafo sobre uma situação terrível que viveu quando tinha 12 anos. A atriz, que está no ar no papel de Andrea Pratini em Cara e Coragem, contou que foi vítima de abuso sexual, cometido por um homem que frequentava sua casa. "Me senti suja", confessou ela. 

A atriz decidiu contar a história pois traçou um paralelo entre o que aconteceu com ela e a fala do presidente Jair Bolsonaro que, numa entrevista, disse que "pintou um clima" entre ele e garotas venezuelanas de 14 ou 15 anos. Ela chamou a atenção para a questão da pedofilia e para o fato de a base governista ter votado contra um projeto que transformaria a pedofilia em crime hediondo. 

Em um vídeo, a atriz contou sua história. "Eu tinha 12 anos, ele bem mais de 40. Era um homem de família, tinha um filhinho de 4 anos, tinha uma namorada. Tinha fé em Cristo, mas eu duvido que Jesus abençoasse a forma que ele olhava pra mim", começou ela. 

"Frequentava minha casa livremente. Um dia ele me surpreendeu sozinha na sala, enfiou a língua no meu ouvido e chupou a minha orelha. Eu, completamente atordoada, não consegui oferecer resistência. Me senti suja, parecia que eu tinha sido carimbada com um selo de impureza e já não podia mais fazer parte do grupinho de meninas da minha idade. Mal sabia eu que o pior ainda estava por vir", declarou.

"Uma noite, numa festa na minha casa, eu já dormia porque era tarde e acordei com ele apalpando os meus seios. Seios de uma menina de 12 anos. Quando eu entendi o que estava acontecendo, eu me virei de bruços pra interromper aquele toque. Ele subiu em cima de mim e, incompreensivelmente excitado, começou a esfregar o corpo dele contra o meu com força. Aí eu gritei. Eu berrei pela minha mãe, que veio ao meu socorro", revelou Maria Eduarda.

"Essa história me assombrou como um fantasma durante muitos anos da minha vida. Eu nunca imaginei que um dia fosse sentir necessidade de contá-la publicamente. Mas a verdade é que as marcas que eu carrego comigo até hoje seriam infinitamente maiores se eu não tivesse podido contar com o socorro da minha mãe", falou ela.

"Milhares de meninas não podem e estão nesse momento inteiramente reféns de homens como o presidente da república Jair Bolsonaro, que acredita que pode ter 'pintado um clima'. Não pintou um clima, pintou um crime. Pelos nossos corpos, pelos corpos das nossas filhas, não dá pra relativizar", concluiu a atriz. 

Nos comentários, ela recebeu apoio de famosas como Ana Beatriz Nogueira, Fátima Bernardes, Mel Lisboa, Jeniffer Nascimento e Paula Braun. 

Confira o relato de Maria Eduarda de Carvalho:


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