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FÁBIO DE LUCA

Ator do Porta dos Fundos sofre curto-circuito para fazer chorar em drama pesado

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

O ator Fábio de Luca em esquete do Porta dos Fundos

Fábio de Luca em esquete no Porta dos Fundos; ator também está em cartaz em peça dramática

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 4/9/2023 - 6h40

Acostumado a fazer as pessoas chorarem de rir, Fábio de Luca confessa que sofreu um curto-circuito ao ser escalado para um dos papéis centrais de Sedes. O espetáculo fecha a trilogia do escritor libanês-canadense Wajdi Mouawad, cuja primeira parte --a peça Incêndios-- ganhou uma adaptação bem-sucedida no cinema em 2010, inclusive com uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

"Era isso que eu queria. Testar até onde poderia ir num personagem complexo, cheio de camadas, nuances, com uma carga emocional bastante forte. Dá sim um curto-circuito, não só pelo gênero novo para mim, mas por tudo que envolve essa montagem", explica o comediante ao Notícias da TV.

"Vão desde solilóquios, cheios de beleza, mas também traiçoeiros, até as músicas que temos que cantar, se eu vou conseguir entrar no tom certo. Mas, na verdade, o curto-circuito é muito bem-vindo no teatro, porque te coloca no melhor estado para criar, atento, presente, vivo. Não é à toa que o doutor Frankenstein escolhe um raio para dar vida ao monstro", filosofa.

De Luca, por enquanto, é mais conhecido pelas esquetes de humor na internet. Ele já passou por canais como o Parafernalha e, atualmente, dá expediente no Porta dos Fundos.

"Normalmente, as pessoas que se aproximam, além de querer registrar o encontro, esperam rir. Isso é natural com quem faz humor, porque a sua imagem já está gravada na mente delas como fonte de riso. Então, mais do que cobrança, eu enxergo aí uma prova de que o trabalho está bem feito."

O artista, porém, confessa que já passou por algumas saia justas no início da carreira, depois que começou a ficar mais conhecido pelo público:

Tem também os que ficam olhando fixamente de longe e tentam disfarçar quando a gente vê. Quando isso começou a acontecer comigo, eu ficava todo bobo achando que era paquera, mas quando a pessoa tomava coragem e se aproximava, era pedir para tirar uma foto ou comentar algum trabalho meu. Paquera é bom, estou esperando ainda (risos).

Violetas na janela

Fábio entrou em contato com o espiritismo ainda na adolescência, procurando o centro mais perto de sua casa para se aprofundar mais na doutrina. Ele posteriormente acabou se juntando a amigos para fundar o canal Amigos da Luz, no YouTube, em que discute o assunto com bom humor.

Nunca vi nem ouvi nenhum espírito assim, como vejo e ouço outras pessoas encarnadas. Mas já senti várias vezes a presença deles. No nosso trabalho no canal, isso é frequente, mas de maneira muito discreta.

"Agora, se ampliarmos a definição de médium dada pelo espiritismo --alguém que atua como intermediário entre dois planos--, posso dizer que sou médium, pois sou ator. E todo ator é, em certo sentido, um médium que transmite as palavras do dramaturgo à plateia. A diferença é que o médium espírita possibilita a comunicação entre planos diferentes; já o ator, entre tempos diferentes", arremata o intérprete.


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