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POLÍGRAFO

Alexandre Correa desafia Ana Hickmann a fazer teste que não vale nada na Justiça

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Alexandre Correa, à esquerda, e Ana Hickmann, à direita

Alexandre Correa pediu que Ana Hickmann passe por um detector de mentiras em seu depoimento

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 21/2/2024 - 15h28

A defesa de Alexandre Correa desafiou Ana Hickmann a passar por um "detector de mentiras" em seu depoimento à Justiça. O teste de polígrafo tem sua credibilidade questionada por profissionais da área e não vale como prova para julgamentos no Brasil.

No documento obtido pelo Notícias da TV, Correa ainda pede uma acareação, procedimento cuja finalidade é a apuração da verdade por meio do confronto direto entre os envolvidos. O empresário também passaria pelo polígrafo, para comprovar "que a suposta vítima está fraudando o processo e manipulando a Justiça".

A solicitação foi enviada por Enio Martins Murad, advogado de Correa, ao Departamento Estadual de Investigação Criminais de São Paulo (DEIC-SP). O órgão investiga a possível fraude patrimonial cometida pelo empresário, além dos processos por falsificação de documentos e uma suposta empresa laranja da apresentadora da Record.

Apesar de reconhecer a inutilidade do polígrafo para o sistema jurídico brasileiro, Murad defende que Correa tem o direito de se defender "por meio do uso de todas as provas".

"Requer-se que o suposto autor e a suposta vítima sejam ouvidos pela Justiça utilizando-se do aparelho detector de mentiras, bem como protesta pela acareação entre as partes, comprovando-se derradeiramente que a ainda esposa do requerente montou um simulacro contra esse utilizando e provas, argumentos e documentos falsos", disse o advogado.

Como funciona o detector de mentiras?

O polígrafo é um aparelho com diversos sensores que medem variações fisiológicas enquanto um interrogatório é realizado. O resultado se baseia na premissa de que, quando mentimos, os batimentos cardíacos, pressão sanguínea e a respiração são alterados.

Embora muito utilizado nos Estados Unidos, o teste não tem serventia jurídica no Brasil. O instrumento divide opiniões e é creditado como "pseudociência" por peritos criminais. A principal justificativa é de que o polígrafo pode ser facilmente enganado, já que um indivíduo poderia forçar estímulos maiores do que o normal ao dar uma resposta verdadeira, manipulando o controle do resultado.

"Estados, empresas, órgãos de investigação e a própria comunidade científica americana, onde surgiu esse instrumento de suposta detecção, já atestaram sua falta de credibilidade e cientificidade", explicou Yuri Felix, diretor do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, em uma reportagem da revista Superinteressante sobre o tema.


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