Influenciador critica participantes do BBB 24 por piadas com Vinicius: 'Capacitismo'

Vinicius Rodrigues, atleta paralímpico que está no BBB 24, tem sido alvo de piadas dos demais participantes sobre sua deficiência. O esportista teve uma perna amputada após sofrer um acidente de moto e atualmente faz uso de próteses. No reality, brothers já o chamaram de "cotinho" e "perninha". Apesar de Rodrigues parecer não se incomodar muito com os apelidos, o influenciador Ivan Baron alertou para o que chamou de "capacitismo recreativo" e os problemas deste tipo de tratamento.

Em suas redes sociais, Baron tenta desmistificar estigmas e preconceitos sobre PCDs (pessoa com deficiência). Ele convive com uma paralisia cerebral, que reduz sua mobilidade. Nesta sexta, o influenciador postou um vídeo em que analisa uma cena do BBB 24.

No trecho, Nizam e Rodriguinho gritam o apelido "perninha" para Vinicius após a Prova do Líder, na quinta (11) à noite. "É problemático em várias camadas. Independentemente se o Vini ou outra pessoa amputada não se incomoda com o apelido envolvendo sua deficiência, a gente precisa lembrar que essa escolha não pode ser feita de maneira individual, e sim coletiva", começou ele em seu discurso.

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"Por mais que ele não queira, o Vinicius está em rede nacional, representando uma comunidade que diariamente é marginalizada, excluída e vista como motivo de chacota por ter deficiência. Quando ele autoriza tal apelido, é como legitimizar o capacitismo recreativo", explicou.

Baron ainda ressaltou que não quer colocar a culpa em Vinicius, mas "na falta de noção de pessoas sem deficiência, que a todo momento querem fazer uma gracinha ou resumir o outro à condição atípica que possui".

O influenciador, então, fez uma comparação para ilustrar seu ponto: "Imagina aí chamar o Rodriguinho ou outro participante negro ou negra a todo momento de 'neguinho' ou 'neguinha'. Seria um ato extremamente racista, vamos concordar? Qualquer apelido, menção ou gracinha envolvendo deficiência não é legal para ninguém, e a gente precisa evitar", concluiu Baron.