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AMBIENTE VIRTUAL

Realidade no mercado, metaverso de Travessia exige tecnologia e alto custo

FOTOS: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Uma imagem em 3D projeta um shopping com lojas ao fundo e pessoas caminhando enquanto no centro um carro virtual é projetado no meio do espaço

Projeto de shopping do futuro em Travessia; ideia de Talita (Dandara Mariana) é lançar no metaverso

ARTHUR PAZIN

arthurpazin@noticiasdatv.com

Publicado em 7/11/2022 - 6h15

Em Travessia, Talita (Dandara Mariana) sugeriu a Guerra (Humberto Martins) o lançamento de um shopping no metaverso. Para sair do papel, o projeto da novela das nove da Globo, que já é realidade no mercado atual, exige muita tecnologia e um alto custo de investimento.

Na trama de Gloria Perez, o proprietário da construtora trava uma batalha para construir um shopping do futuro no Maranhão há 20 anos. Após uma nova derrota no processo de licitação para o espaço desejado, Talita apresentou ao patrão a opção de lançar a ideia no metaverso. 

"Vai funcionar do mesmo jeito que o físico, mas no virtual", explicou a especialista em marketing, que logo tratou de apresentar ao chefe referências do modelo. De acordo com ela, o sistema metaverso pode demandar também o uso de óculos de realidade virtual.

Criado em 1992 pelo escritor norte-americano Neal Stephenson, em sua obra Snow Crash, o termo metaverso une as palavras meta e universo para se referir ao uso de avatares digitais por pessoas reais. 

O mundo virtual

Trinta anos depois, o metaverso já é uma realidade no mercado, sendo explorado como espaço digital, em 3D, tanto no smartphone como na tela de um computador. Como exemplo, há o metaverso no The Sandbox, videogame no qual os participantes devem criar seu próprio avatar para fazer parte do ambiente virtual.

A aposta nessa realidade é tanta que, em fevereiro deste ano, o Carrefour comprou um terreno nessa plataforma, a fim de explorar uma possível posição no futuro. Outro exemplo de metaverso está presente no Roblox, plataforma de jogos que permite ao usuário criar um próprio mundo virtual. Além disso, a Sony, multinacional japonesa, já trabalha na construção de um estádio no metaverso. A intenção é colocar um milhão de pessoas por avatar no local.

Em março deste ano, o ator Cauã Reymond vendeu, em uma semana, R$ 77,5 mil em roupas físicas e itens que podem ser usados no ambiente digital da nova coleção de inverno da Aramis. Além da jaqueta MetaHeat, o cliente pôde adquirir uma NFT da peça de roupa no metaverso. 

Para Cristiano Kruel, chefe de Tecnologia da Informação da StartSe, plataforma de conhecimento da nova economia, o metaverso hoje ainda é um conceito e não um lugar. "É uma grande especulação, mas entender seus fundamentos permite entender que existem vários metaversos", define.

Segundo o executivo, é preciso reconhecer o que falta em cada avanço do metaverso e em qual deles estamos entrando. No caso de Travessia, ele explica que fazer um shopping no metaverso seria misturar experiências físicas e virtuais, o que é possível "tecnologicamente falando", mas na prática passaria por alguns impasses.

"Complicaria na hora de criar avatares, por exigir um grau de tecnologia e uma infraestrutura que não temos ainda, não só no Brasil, mas no mundo em larga escala", avalia o profissional. Kruel explica que uma das perguntas feitas no mercado atualmente é se o metaverso é uma tendência consistente ou apenas um modismo.

"É um desafio crescente na vida dos executivos entender os fundamentos tecnológicos e as experiências humanas. Hoje existe mais avançado no mundo dos games, mas é também um espaço de marketing. As marcas têm tentado explorar para entender os comportamentos de consumo", analisa o profissional, que considera a TV uma janela para o metaverso.

Shopping do futuro de Travessia

Shopping do futuro de Travessia

O futuro já começou

O grande X da questão para o especialista está no quando. "Ninguém sabe quando é o futuro. O metaverso é uma tendência e vai acontecer, mas o quanto isso vai impactar não se sabe."

De acordo com José Bernardes, sócio da gestora de criptoativos Fuse Capital, empresa de capital de risco que investe em projetos em tecnologias como o metaverso, a oportunidade de crescimento do metaverso está no entretenimento, mas, para ele, quando se fala em tecnologia é preciso ter paciência.

"Hoje em dia o capital de risco do Brasil ainda é muito limitado para essas iniciativas. Há pouco capital vindo para o mercado neste momento, não se investe diretamente no metaverso, e não é por falta de interesse, mas por causa de custo", afirma.

Já no mercado financeiro tradicional, o empresário conta que o metaverso ainda é visto com olhos céticos. "As grandes corporações que têm milhares de usuários, seja de moda ou de varejo, já estão com iniciativas de metaverso e isso pode ser visto com ações de empresas de criptomoedas".

Apesar desse cenário, o profissional avalia que a tendência é o custo de investimento diminuir ao longo do tempo. "Não é uma loucura, já é uma realidade. O brasileiro ama tecnologia e é um dos maiores consumidores, é sempre acima da média, então quando vem o metaverso finalmente vai ter uma oportunidade de personalizar a sua identidade digital e conseguir mergulhar nesse mundo que poucos conseguem", conclui.

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