CABELOS!
REPRODUÇÃO/WARNER BROS. e INSTAGRAM
A atriz Jessie Cave ficou conhecida por sua atuação em três filmes da franquia Harry Potter
A atriz Jessie Cave, que interpretou Lilá Brown em três filmes da franquia Harry Potter, decidiu criar uma conta no OnlyFans para vender conteúdos que têm como foco o seu cabelo. O material será voltado para pessoas que têm fetiche ou se interessam pelo assunto, mas não terá conotação sexual.
Em seu perfil no Substack, a artista explicou a razão de ter entrado na plataforma de conteúdos adultos. "Um ano. Vou tentar por um ano. Meu objetivo? Deixar a casa segura, cobrir o papel de parede de arsênico/chumbo, construir um novo telhado etc. Meu objetivo? Sair das dívidas."
"Meu objetivo? Me empoderar. Provar para aqueles no passado que me julgaram mal que eu não sou tão doce. Investir tempo em algo em que nunca investi antes: amor-próprio", escreveu Jessie.
Após a repercussão, o psiquiatra Eduardo Perin comentou sobre o fetiche por cabelos em entrevista ao Notícias da TV. "O fetiche capilar, ou tricofilia, é a fantasia sexual ou parafilia em que a pessoa sente excitação sexual ao ver, tocar, cheirar ou até mesmo pensar em cabelos", explicou.
"A pessoa pode preferir certos tipos de cabelos, como longos, curtos, raspados ou até mesmo por determinados penteados. Na maior parte dos casos, esse tipo de excitação faz parte da variabilidade normal da sexualidade humana e não representa um problema, desde que não cause sofrimento ou prejuízo ao indivíduo ou a terceiros", elaborou.
A origem dos fetiches ainda não é completamente compreendida, mas sabemos que eles podem estar associados a experiências vivenciadas ao longo da vida, aprendizados e condicionamentos e até influências culturais. Áreas do cérebro ligadas ao prazer e à percepção sensorial podem reforçar determinados estímulos como altamente prazerosos. O ser humano é extremamente diverso em termos de desejo e excitação sexual, o que parece incomum para alguns pode ser perfeitamente natural para outros.
O profissional também avaliou o papel de plataformas de conteúdos adultos, que se tornaram bastante populares nos últimos anos, na disseminação de conteúdos fetichistas.
"O fetiche existe independentemente das plataformas. O que elas fazem é proporcionar um espaço para que pessoas que compartilham determinados interesses possam explorar essas preferências. Em alguns casos, o consumo de material sexual ou pornográfico pode se tornar excessivo, levando à dependência ou interferindo na vida pessoal e social do indivíduo, o que pode ser um sinal de alerta para um problema mais amplo, como o transtorno do comportamento sexual compulsivo", destacou Perin.
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