Neto pediu que Pelé mandasse recado à filha rejeitada: 'Ele estava muito debilitado'

Gabriel Arantes, neto de Pelé (1940-2022) e filho de Sandra Regina Arantes do Nascimento Felinto (1964-2006), conversou com o avô em seu leito de morte e fez um pedido íntimo: que ele aceitasse a herdeira rejeitada. Sandra era filha do ex-jogador, mas só foi reconhecida por ele após entrar na Justiça. O neto também disse que perdoava Pelé por suas atitudes.

Em entrevista ao Tá na Hora desta terça-feira (27), Gabriel Arantes relembrou os últimos momentos que teve com o atleta no hospital. Ele e seu irmão mais velho, Octávio, puderam ver o craque com o aval da família. "Meu avô estava muito debilitado", lamentou ele.

"Conversamos algumas coisas com ele, que apertou minha mão. Falei algumas coisas, de avô e neto mesmo, e me emocionei bastante. Eu estava nos Estados Unidos, sabia que ele estava um pouco mal, mas não da gravidade", descreveu.

"Ele apertava minha mão, mas não chegou a conversar comigo. Falei o quanto eu admirava e me inspirava nele, que ele era uma referência para minha família. E que entendi as circunstâncias que aconteceram. Não queria ver ele naquela situação, mas que se acontecesse dele encontrar minha mãe, para eles conversarem e colocarem o papo em dia", revelou Arantes.

O filho da herdeira rejeitada de Pelé pontuou que tem um bom relacionamento com os outros seis filhos reconhecidos pelo ex-jogador de futebol. "Não precisam mais dizer isso, chamar meu avô de lixo. Está perdoado, não precisa mais entrar nessa briga. Está tudo tranquilo na nossa família", declarou ele.

Minha mãe sempre me ensinou o perdão. Está no legado dela, e eu vou carregar para a vida inteira. Eu entendo as pessoas dizerem que viram injustiça, mas eu não tenho chateação nenhuma. Deus fez e encerrou da melhor forma possível.

Hoje aos 24 anos, Gabriel Arantes do Nascimento descobriu sobre o parentesco com Pelé em 2006. Com seis anos de idade, ele já era abordado no colégio e questionado pelos colegas se havia tido contato com o craque.

"Muita gente dizia que minha mãe era referência, era um orgulho, e que ela era uma filha como qualquer outra. Algumas pessoas começavam a me contar, e aí eu fiquei sabendo da história. Meu pai me contou tudo. Ali eu realmente entendi o que minha mãe tinha passado", concluiu ele.