27 anos depois, Christina Rocha revive Aqui Agora: 'É fácil criticar o popular'

Parte dos telespectadores vai sentir um déjà-vu ao ver Christina Rocha à frente do Tá na Hora, que estreia nesta segunda (18) no SBT. Afinal, a apresentadora volta aos fins de tarde da emissora com um programa popular que se inspira justamente no Aqui Agora (1991-1997) --referência não só para a nova atração, como também para concorrentes como Brasil Urgente e Cidade Alerta.

A própria jornalista ficou seis anos no jornalístico, pelo qual também passaram Gil Gomes (1940-2018), César Tralli, Celso Russomanno, Wagner Montes (1954-2019), Madalena Bonfiglioli e Sonia Abrão. "Programa popular é tão fácil de criticar, mas eu tenho o maior orgulho. Não sei porque as pessoas olham torto", avalia ela.

Christina afirma que nunca ligou para críticas a atrações como o Casos de Família (2004-2023), que assumiu justamente para buscar uma popularização após a saída de Regina Volpato em 2009. Ela ficou 14 anos à frente do formato, que rendeu de memes a acusações de brigas forjadas. "O DNA do SBT é estar juntinho do povo, e eu tenho muito orgulho", define.

De acordo com a apresentadora, o Tá na Hora é visivelmente inspirado no Aqui Agora, porém está longe de ser uma cópia "Ele foi um sucesso incrível, abriu portas para todo esse jornalismo popular, mas vamos fazer outro jornal", considera.

Letícia Flores, que vai dirigir o programa, acrescenta que o mundo mudou muito desde que o Aqui Agora exibiu a sua última edição:

Nós vamos ter mais responsabilidade, porque nós evoluímos no sentido da qualidade técnica e de produção. Estamos mais cobertos. Claro que a nossa essência é o povo. E o nosso diferencial é ser o SBT.

Marcão do Povo, que vai dividir a apresentação com Christina, também não se preocupa com comparações, seja com a atração do passado ou com os jornalísticos que outras emissoras exibem no mesmo horário.

"Nosso maior concorrente hoje é o celular, nós temos que tirar as pessoas daquela tela. Estamos pensando muito na velocidade da informação. Porque a pessoa hoje não consegue nem mais ouvir um áudio de um minuto sem acelerá-lo", arremata o âncora.