Pai da mocinha de Garota do Momento morreu ao ser confundido com bandido

Clarice (Carol Castro) vai perder a memória, mas não o senso de justiça em Garota do Momento, novela que estreia na próxima segunda (4) no lugar de No Rancho Fundo na programação da Globo. A mãe de Beatriz (Duda Santos) vai desaparecer em 1942, quando viajar ao Rio de Janeiro para tentar colocar suas pinturas em uma exposição. A mocinha crescerá sem os pais e será criada pela avó paterna, Carmem (Solange Couto).

O pai de Beatriz só será mostrado em fotos, mas as três mulheres falarão sobre a tragédia que tirou a vida dele. Negro, professor de Matemática e provedor da família, ele foi morto ao ser confundido com um bandido. Dessa maneira, a autora Alessandra Poggi vai inserir uma dose de realidade e atualidade na trama de época.

"É importante mostrar essa crítica, fazer essa crítica, na verdade. E também mostrar essa mãe, essa mulher, esposa,  que se viu viúva por uma injustiça, um ato de violência, de crueldade. Clarice tem esse senso com ela até o fim", adianta Carol Castro ao Notícias da TV.

Para a intérprete, Clarice é uma mulher um pouco à frente do tempo dela. "Na maneira de ser mais carinhosa do que o normal para as mulheres da época. Ela tem coragem de bater de frente com a Maristela [Lilia Cabral]. Acho que a única pessoa que bate de frente com a Maristela é a Clarice", explica.

Maristela é megera-mor da novela. A vilã vivida por Lilia Cabral vai ser contra o casamento do filho, Juliano Alencar (Fabio Assunção), com uma viúva que tem uma filha pequena.

Testemunha de agressão e morte

Porém, Clarice testemunhará uma briga feia do amado com sua amante, que morrerá tragicamente. A vedete Valéria (Julia Stockler) discutirá com Juliano na sede da Perfumaria Carioca, a empresa da família dele, considerada uma das maiores fábricas de sabonete do país.

Valéria estará cobrando Juliano, que havia lhe prometido casamento para que a filha deles não crescesse como bastarda. Clarice ouvirá a discussão e verá o crápula agredir a amante, que morrerá após cair e bater a cabeça.

Noiva de Juliano, Clarice sairá correndo muito nervosa e será atropelada. Quando acordar no hospital, ela não se lembrará de nada do que terá acontecido. Ela só se recordará de seu primeiro nome e que cantava uma canção de ninar para a filha Beatriz, cujo rosto se apagou de sua memória.

O médico será enfático ao dizer que, pelo local da lesão cerebral, será muito difícil que um dia ela se lembre de tudo. Maristela, então, terá a ideia de inventar um falso passado para a viúva. Na farsa, ela recrutará Zélia (Leticia Colin) para fingir ser irmã de Clarice e colocara Bia (Maisa Silva) no lugar da verdadeira filha da futura.

Maristela é a verdadeira força nos bastidores da família, uma mulher que preza em primeiro lugar a fortuna e a reputação dos Alencar. Ela vai criar histórias falsas sobre a origem e todo o passado de Clarice, inventando um novo sobrenome para ela e outra cidade de nascimento.

Depois disso, a novela saltará para 1958. Em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, Beatriz verá a foto da mãe na coluna social de uma revista e avisará a avó que irá atrás dela no Rio de Janeiro.

"Pude criar esse antes da Clarice, em 1942, com a Beatriz pequena, e depois pulando para 1958, quando a transformaram em uma outra mulher, praticamente. Mas o que eu acho interessante da Clarice é que, apesar de ela ter perdido a memória, ela não perdeu a essência dela. Ela tem um senso de justiça muito forte", diz Carol.