Força de Mulher conquista público que a Globo perdeu nos últimos anos

Força de Mulher está chamando a atenção de um público que, nos últimos anos, virou as costas não só para a Globo como também para a TV aberta como um todo. A novela turca, que elevou significativamente os índices da Record no Ibope, vai excepcionalmente bem entre as classes sociais com maior poder aquisitivo --as quais vem cada vez mais migrando para o streaming recentemente.

Um levantamento obtido com exclusividade pelo Notícias da TV traça o perfil de quem acompanha a produção desde a estreia em 29 de agosto até 12 de fevereiro. 32% dos telespectadores são das classes AB, seguida pela C2 --dos que ascenderam recentemente à classe média, com 31%.

A C1, a classe média tradicional, representa 23% dos espectadores; e, por fim, estão as classes D e E com 14%. Os números se referem à Grande São Paulo.

Como o colunista Daniel Castro já havia mostrado, a Globo vem gradativamente perdendo a sua competitividade no segmento com maior poder de consumo. A participação dos mais ricos (classes A e B), que era de 6,8 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão), caiu para 5,5 em 2022 --encolhendo a 4,9 em 2023.

Os dados ainda mostram que Força de Mulher representa também uma pedra no sapato para A Caverna Encantada. Apesar do forte apelo infanto-juvenil, o folhetim do SBT vai particularmente bem entre mulheres com mais de 60 anos --as quais também são as principais espectadoras da história de Bahar (Özge Özpirinçci).

O público feminino representa 66% da audiência da novela turca, assim como os mais velhos (60 anos ou mais), que chegam a 39%. Em seguida, estão os entre 35 e 49 anos, com 22%; e os entre 35 e 49 anos, com 21%.

Até a sua 29º semana de exibição, Força de Mulher está com 7,3 pontos de média na capital paulista. O número representa uma alta de 18,8% em relação à A Rainha da Pérsia (2024), que já tinha elevado o horário em relação às temporadas inéditas de Reis, com 6,1.