Carregando...

NO GLOBOPLAY

Filme Confia: Sonho de Cria fura a bolha com história leve e referências de novela

HELENA BARRETO/TV GLOBO

Nando (MC Cabelinho) e Jaque (Malía) se apaixonam no filme Confia: Sonho de Cria, do Globoplay

Compartilhe
  │ 

MÁRCIA PEREIRA, colunista

marcia@noticiadastv.com

Publicado em 7/2/2025 - 11h00

A comédia romântica Confia: Sonho de Cria, que estreia neste sábado (8) no Globoplay, traz uma história simples e que busca despertar sentimentos positivos no espectador. A trama central é bem folhetinesca e gira em torno de Nando (MC Cabelinho), um entregador que sonha virar astro da música. Para o artista, "o fato de o trap e o favelado estarem na Globo" representa furar a bolha, um movimento que só vai aumentar.

A cantora Malía faz sua estreia como atriz, na pele da mocinha nada clássica Jaque. Ela é uma jovem golpista, mas que mostra logo de cara que tem bom coração. Em sua primeira cena, ela é comparada a Maria de Fátima (Gloria Pires), de Vale Tudo (1988), ao dar um chapéu em um taxista.

Outras referências de novelas surgem durante o filme, como o meme de Bebel (Camila Pitanga), em Paraíso Tropical (2007). Nando não sabe o que falar em uma entrevista a uma jornalista, e Jaque sugere que ele mande algo como a frase icônica da prostituta: "Que boa ideia esse casamento primaveril em pleno outono". 

O telefilme foi rodado um ano depois de os autores o escreverem. Renata Sofia, Pedro Alvarenga e Fabricio Santiago tiveram a ideia do projeto durante as gravações da novela Vai na Fé (2023), na qual atuavam como colaboradores da equipe da autora Rosane Svartman.

Inspirações reais

Os três roteiristas transformaram pessoas reais da periferia do Rio de Janeiro em personagens. O desejo deles é contar histórias que fujam do crime e mostrem que tem gente muito batalhadora nas comunidades.

"Vivemos de contar histórias, de roteirizar ideias, mas essa é uma ideia nossa. Ela fala da gente, ela fala do que a gente quer discutir com o mundo. Para mim, isso é muito bonito. Poder contar a história de um jovem trabalhador, poder contar a história de uma menina que está atrás de construir seu lugar no mundo. Eu acho que isso é um pouco o que nós somos", conta Alvarenga.

Renata Sofia conta que frequentava muito os estúdios durante as filmagens e chorava de emoção. "Eu acredito na juventude brasileira periférica trabalhadora. Eu ficava emocionada todas as vezes, porque acredito muito nisso. Eu acredito na história e nesse projeto. Eu acredito em pessoas periféricas fazendo arte", declara a autora.

"Eu acabei de fazer 38 anos agora, e eu sonho em ser roteirista desde os 15. E eu só fui ser roteirista aos 30, porque eu achava que não era para mim. Eu achava que escrever roteiro era coisa de playboy. E, aí, eu segui uma carreira que eu nem gostava. Eu acho muito cruel a pessoa não ter o direito nem de sonhar. Uma coisa é sonhar e tentar, e não deu certo. Outra coisa é [achar que] esse sonho não é pra você", diz. Em seguida, ela arremata: "Confia: Sonho de Cria é sobre o direito de sonhar".

Santiago afirma que, de certa maneira, o filme enaltece a cultura brasileira e o trap carioca. "Acho que é muito especial esse movimento que o nosso cinema está atravessando. O audiovisual brasileiro está num momento muito bacana. Sinto que o público brasileiro está se reconhecendo cada vez mais, se valorizando e entendendo as suas potências."

{ "https://whatsapp.com/channel/0029VaB2x7UKwqSURT7D8z28":"uploads/banners/otm_banner_whatsapp_10-10_vf2.gif" }

TUDO SOBRE

Globoplay

MC Cabelinho

Paraíso Tropical

Vai na Fé

COMPARTILHE
  │ 
Comente esta notícia

Mais lidas

Leia também