Considerado um dos atores mais talentosos do Brasil, Tony Ramos é também um dos mais queridos pelo público e pelos colegas, que o definem com um ser humano extremamente generoso.
Antônio de Carvalho Barbosa nasceu em 25 de agosto de 1948, em Arapongas, no Paraná. Filho da professora Maria Antônia Ramos e de Paulo Barbosa, o ator foi criado pela avó e pela mãe após a separação de seus pais, quando ele ainda era criança. Antes da adolescência, Tony se mudou com a família para o interior de São Paulo. Já amava cinema, em especial, os filmes de Oscarito, seu grande ídolo.
O início da carreira artística foi aos 14 anos, na música, quando chegou a se apresentar nas primeiras edições do programa Jovem Guarda. Já morando em São Paulo, Tony conheceu os bastidores da televisão ao visitar a TV Tupi. Encantou-se imediatamente e, de tanto insistir, conseguiu participar do programa Novos em Foco, que revelava jovens atores. Aos 15 anos foi contratado pela emissora.
Em 1965, depois de participar de algumas atrações da Tupi, fez sua estreia em novelas em A Outra, quando contracenou com Vida Alves e Juca de Oliveira. Tony atuou em várias novelas do canal, como Éramos Seis (1967), Antônio Maria (1968), Nino, O Italianinho (1969) e A Viagem (1975).
A chegada à Globo aconteceu em 1977, em Espelho Mágico, de Lauro César Muniz. Com muito carisma, naquele mesmo ano passou a apresentar o programa musical Globo de Ouro, ao lado de Christiane Torloni. No ano seguinte, integrou o elenco de O Astro e virou sensação nacional ao protagonizar a primeira cena de nu masculino da TV --em plena ditadura militar-- como Márcio Hayalla, filho do milionário Salomão Hayalla (Dionísio Azevedo).
Em 1979, deu vida ao sofrido André Cajarana, na trama de Pai Herói. Nos anos seguintes, emendou pelo menos um trabalho por ano, cada vez com mais popularidade e reconhecimento.
Em 1981, foi aclamado pela crítica e pelo público ao interpretar os gêmeos João Victor e Quinzinho, na novela Baila Comigo, de Manoel Carlos. Na minissérie Grande Sertão: Veredas, baseada na obra de Guimarães Rosa, Tony Ramos teve um dos maiores desafios de sua carreira ao interpretar o jagunço Riobaldo. Ele havia recusado o papel, mas foi convencido pelo diretor Walter Avancini.
Personagens estrangeiros também marcam a trajetória do artista: o grego Nikos (Belíssima/ 2006), o indiano Opash (Caminho das Índias/ 2019) e o lavrador italiano Totó (Passione / 2010).
Apesar de uma imensa galeria de mocinhos, o ator também tem alguns vilões em sua carreira. O mais complexo deles foi Zé Maria, em A Regra do Jogo (2015). O personagem começou com a linha bom moço, mas terminou a trama se mostrando um grande bandido.
Em O Sétimo Guardião, Tony tem nas mãos o papel de um empresário frio e calculista, Olavo, que não mede esforços para conquistar cada vez mais poder e dinheiro.
No cinema
A competência de Tony Ramos também é bastante conhecida no cinema. O ator já esteve em longas que foram sucesso de bilheteria, seja no drama ou na comédia. Entre os destaques estão Noites do Sertão (1984), A Partilha (2001), Chico Xavier (2010), Getúlio (2014) e Se Eu Fosse Você 1 e 2, em que viveu uma hilária parceria com Gloria Pires.
Vida Pessoal
Muito discreto e avesso a polêmicas e grandes badalações, Tony Ramos se casou jovem, em 1969, quando tinha 21 anos, com Lidiane Barbosa. Os dois têm dois filhos, o médico Rodrigo e a advogada Andréa.
Principais trabalhos na TV
A Outra (1965) – Vevé
O Amor Tem Cara de Mulher (1966) – Beto
Éramos Seis (1967) – Julinho
Nino, O Italianinho (1969) – Rubinho
A Viagem (1975) – Téo
Espelho Mágico (1977) – Paulo Morel
O Astro (1978) – Márcio Hayalla
Pai Herói (1979) – André Cajarana
Chega Mais (1980) – Tom
Baila Comigo (1981) – João Victor/ Quinzinho
Sol de Verão (1982) – Abel
Livre Para Voar (1984) – Pardal
Grande Sertão: Veredas (1985) – Riobaldo
Selva de Pedra (1985) – Cristiano Vilhena
O Primo Basílio (1988) – Jorge Carvalho
Bebê a Bordo (1988) – Tonico
Rainha da Sucata (1990) – Edu
Felicidade (1991) – Álvaro Peixoto
O Mapa da Mina (1993) – Jorge Flores
Olho no Olho (1993) – Padre Guido
A Próxima Vítima (1995) – Juca Mestieri
Torre de Babel (1998) – Clementino
Laços de Família (2000) – Miguel
As Filhas da Mãe (2001) – Manolo
Mulheres Apaixonadas (2003) – Teo
Cabocla (2004) – Coronel Boanerges
Mad Maria (2005) – Persival Farquhar
Belíssima (2005) – Nikos
Paraíso Tropical (2007) – Antenor Cavalcanti
Caminho das Índias (2009) – Opash
Passione (2010) – Totó
Avenida Brasil (2012) – Genésio
Guerra dos Sexos (2012) – Otávio (Bimbinho)
O Rebu (2014) – Carlos Braga Vidigal
A Regra do Jogo (2015) – Zé Maria
Vade Retro (2017) – Abel Zebu
Tempo de Amar (2017) – José Augusto
O Sétimo Guardião (2018) - Olavo
Terra e Paixão (2023) - Antônio La Selva