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Como a Netflix construiu a programação que rendeu recorde histórico no Emmy

Imagens: Divulgação/Netflix

A japonesa Marie Kondo em imagem do reality show Ordem na Casa, um dos maiores sucessos da Netflix

Marie Kondo foi de autora de best-sellers a indicada ao Emmy como apresentadora de reality na Netflix

JOÃO DA PAZ

Publicado em 13/9/2019 - 5h35

Em 2013, a Netflix estreou no Emmy de prêmios técnicos, chamado Creative Arts, com nove indicações, obtidas pelas séries House of Cards (2013-2018), Hemlock Grove (2013-2015) e Arrested Development. Seis anos depois, as indicações da plataforma de streaming foram multiplicadas por nove e chegaram a 88 na atual edição. Tal conquista veio pelo amplo leque de atrações, de documentários a shows musicais.

Esse volume de indicações no Creative Arts Emmy de 2019, que será realizado neste sábado (14) e domingo (15), diz muita coisa. Para começar, a Netflix pode se achar uma "rede de TV" completa e de qualidade. De 2013 para cá, ela fez todos os canais pagos, à exceção da HBO, comerem poeira no Emmy e superou até as cinco redes de TV aberta norte-americana no número de indicações.

Uma das curiosidades da Netflix no Creative Awards deste ano é a sua diversidade. As 88 indicações da plataforma estão espalhadas em 66 categorias, um recorde para a gigante do streaming, líder na edição deste ano nesse critério. Ao olhar cada uma das indicações, dá para perceber como há atrações distintas uma das outras.

A Netflix apostou na japonesa Marie Kondo, autora especialista em organização pessoal que já vendeu mais de 10 milhões de livros em todo mundo, como apresentadora de um reality de arrumação chamado Ordem na Casa. Fenômeno de popularidade, o programa emplacou duas indicações, inclusive de apresentadora de reality ou programa de competição --mesmo sem ela falar uma palavra de inglês.

Homecoming, documentário musical que mostra um show da cantora Beyoncé, recebeu seis indicações (de roteiro a fotografia de programa de variedades). O desenho Carmen Sandiego, resgate da personagem ladra famosa nos anos 1990, disputa a estatueta de melhor programa para crianças.

Além de shows (como o de Bruce Springsteen) e animações (Big Mouth, BoJack Horseman), a Netflix marca presença com documentário de natureza (Our Planet), de viagens (Somebody Feed Phil), reality culinário (Chef's Table) e programa interativo (Black Mirror: Bandersnatch). Ela concorre até na categoria melhor comercial.

Eis a prova do plano da Netflix: ter de tudo na plataforma para tentar agradar ao maior número possível de assinantes em todo o mundo. E isso feito com esmero, o que é refletido em indicações a categorias técnicas muito específicas.

Jonathan Van Ness apara o cabelo de Kathi, sua ex-professora de música, em Queer Eye 


Queer Eye, stand-ups e séries

As grandes forças da Netflix nesse Creative Arts Emmy são os shows de stand-up, as séries e, claro, o reality Queer Eye. O quinteto arrebatador de homens gays, que se dedica a transformar a aparência e a vida de homens e mulheres, abocanhou seis indicações, entre elas a de melhor reality.

A Netflix se tornou a casa para o amante de comédias stand-up, devido ao enorme número de humoristas que lançam especiais na plataforma. Alguns deles receberam indicações, como Amy Schumer, Adam Sandler, Hannah Gadsby, Wanda Skyes e Jerry Seinfeld. Na categoria melhor roteiro de show de variedades, na qual concorrem os stand-ups, são cinco indicações para a Netflix de seis, um feito inédito.

Nas categorias de casting (escolha de elenco), a Netflix se destaca como a única plataforma de streaming, canal pago ou rede de TV indicada nas quatro categorias possíveis: melhor elenco de série dramática (Ozark), de comédia (Russian Doll), minissérie (Olhos Que Condenam) e reality show (Queer Eye).

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