Conheça as pegadinhas das lojas para fazer você pagar mais caro por uma TV

A oferta é boa, mas antes de concluir a compra online o valor do frete deixa a TV mais cara do que em outras lojas. Ou então a promoção só vale a pena no pagamento à vista, já que o parcelamento encarece muito o custo final. Isso sem falar nos televisores que ganham um acréscimo artificial no preço para enganar o consumidor com um desconto de mentira.

Há cinco semanas do início da Copa do Mundo, é preciso ficar atento às principais pegadinhas das lojas para não se dar mal na hora de comprar sua TV. Para Patrícia Alvares Dias, especialista do Procon-SP, a principal dica é ter calma e pesquisar bastante antes de finalizar o pedido. "O ideal é acompanhar a oscilação de preços durante alguns dias ou semanas e desconfiar de ofertas com valores muito abaixo do mercado", orienta.

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Em uma pesquisa online na quinta (13), o menor preço da TV TCL P635, com 50 polegadas, resolução 4K e sistema Google TV, era de R$ 2.023 à vista. Ao analisar a oferta com mais cuidado, o consumidor descobria que o valor do frete para a cidade de São Paulo era de R$ 113 com entrega em até 12 dias úteis. Se optasse pelo parcelamento em duas a seis vezes no cartão de crédito, por exemplo, o custo final saltava para R$ 2.300.

Em outra loja, o televisor saía por R$ 2.300 em até dez vezes com opção de retirá-lo em duas horas ou com frete grátis e entrega em dois dias úteis na cidade de São Paulo. As variações no preço do frete assustaram, chegando a  valores de R$ 250 e R$ 293, com prazos de até 13 ou cinco dias úteis para o consumidor receber o produto, respectivamente. Embora não seja uma regra, abrir mão da entrega rápida costuma baratear o valor da entrega.

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TV TCL de 50": frete de até R$ 293 

São vários os casos em que a primeira oferta em destaque no site de comparação de preços não é a melhor opção. "Muitas vezes, no final da compra, a TV de preço mais alto pesa menos no bolso por causa do frete grátis", afirma.

Produtos sensíveis, como as TVs, também pedem atenção especial quanto ao transporte. "Antes de decidir retirar o produto na loja, o consumidor tem que avaliar se terá condições de acomodar o televisor em segurança porque ele assume o risco."

Descontos que não existem

Outra prática comum no comércio de eletrônicos, principalmente em tempos de Copa do Mundo e de Black Friday, eventos que acontecem simultaneamente em novembro, é a elevação artificial de preços para depois aplicar grandes descontos que, na verdade, não existem. É a chamada "maquiagem de preços".

Para ajudar o consumidor, os principais sites de comparação de ofertas fornecem gráficos com o histórico de oscilação no custo dos produtos durante os últimos 40 dias ou seis meses. Dá também para criar um alerta de preço: quando a TV chegar no valor que o consumidor deseja pagar, o serviço envia uma mensagem ao cliente.

E a garantia estendida, será que vale a pena? Nessa modalidade de negócio, o Procon-SP alerta que o varejista atua apenas como um corretor de seguros, oferecendo o serviço de um parceiro que também não é a assistência técnica oficial do fabricante. "Precisa analisar caso a caso e verificar se a cobertura é integral e envolve a reposição de qualquer tipo de peça ou consertos apenas até determinado valor", explica ela.