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GENERAL NA TV

Carrasco de José em Gênesis, Val Perré defende maldade na TV: 'Não acho injusto'

REPRODUÇÃO/RECORD

Val Perré como Potifar em Gênesis, da Record

Val Perré como Potifar em Gênesis, da Record; ator defende atitude de general traído

ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 9/10/2021 - 6h50

Intérprete de Potifar em Gênesis, Val Perré virou o carrasco de José (Juliano Laham) na atual fase da trama bíblica da Record. Na semana passada, o general voou no pescoço do escravo acreditando que este havia tentado abusar de sua mulher, Neferíades (Dandara Albuquerque). Após dar uma surra no rapaz, que é inocente, o enviou para a cadeia. Para o ator de 52 anos, toda a maldade vista na TV poderia ser pior; ele defende que seu personagem está longe de ser arbitrário.

"Eu não acho o Potifar injusto. No enredo, ele se vê obrigado a tomar uma decisão sobre a acusação de assédio de José contra sua mulher. Ele tem poder e poderia matá-lo, se quisesse. Contudo, o general não acreditou na história contada por Neferíades, por isso resolveu prendê-lo --em vez de cometer uma injustiça, como matá-lo", analisa para o Notícias da TV.

Na fase atual, o chefe do Exército vive um dilema no casamento. Ao confiar no relato dramático da companheira de que quase foi abusada por José, ele esganou o jovem em uma surra violenta. No entanto, nos próximos capítulos, se arrependerá amargamente.

O militar descobrirá que o hebreu é inocente ao tomar conhecimento de que a parceira foi para a cama com outro homem, o soldado Teruel (Amaurih Oliveira). Diante disso, Potifar, enfim, descobrirá a devoradora de homens que vivia ao seu lado. Traído, ele mandará mutilar o rosto da mentirosa.

Para Perré, o enredo dramático do guerreiro com seu relacionamento falido traz um ensinamento para o telespectador de Gênesis. "Na relação do casamento do general e de Neferíades, a lição que eu acho que ficará para o público será a de que o amor seja sempre recíproco. Ele ensina tantas coisas, que vai além de não confiar de olhos fechados no próximo. O que fica é o comprometimento e a fidelidade que ele tem com tudo e com todos."

De fato, ao constatar que o hebreu nunca cometeu crime algum, Potifar ficará surpreso com a boa índole do rapaz. Ele se mostrará assombrado ao saber que o escravo não escapou quando teve oportunidade e notará que os guardas sequer trancam as celas, pois sabem que não há risco de fuga.

Perré foi escalado para Gênesis em 2019. Por causa da pandemia, o intérprete encarou a paralisação nas gravações, o que acabou sendo bom para seu laboratório. "Tive bastante tempo para me preparar para a construção do personagem. Tive encontros com o elenco e preparadores para ensaios, leituras, workshops com historiador e vi alguns documentários", relembra.

reprodução/instagram

Dandara Albuquerque e Val Perré na novela

Medo da Covid-19

Na retomada aos estúdios, ele admite que temeu a Covid-19 diante do novo normal, com testes constantes. "Gravar em época de pandemia foi uma expectativa todos os dias. Era tenso, dava medo de pegar a doença, transmitir a doença, perder amigos do set, parar o set ou não ter a gravação na data programada. Essa expectativa de tudo parar a qualquer momento. Tive e sigo com medo. E ainda hoje sou bem restrito às saídas, evito as festas e as aglomerações", destaca.

A quarentena e a paralisação do setor prejudicaram o veterano fora da televisão. Quando tudo parou, ele estava em cartaz com o espetáculo Solano, Vento Forte Africano. "Por ele, eu fui indicado como melhor ator no Prêmio Shell de 2020, cujo evento nem aconteceu em virtude da pandemia", lamenta.

Val Perré (Raul) e Louise Cardoso (Gema) em Além do Tempo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Perré tem longa carreira na dramaturgia, e entre seus trabalhos mais recentes estão Verão 90 (2019), Sol Nascente (2016), Além do Tempo (2015) e Babilônia (2015), todos na Globo. Nesta última, aliás, teve uma cena de sexo com Gloria Pires que foi muito comentada na época.

Na pele do motorista Cristóvão, ele virou amante da vilã Beatriz, mas o que mais o marcou não foram as cenas quentes. "Uma curiosidade foi dirigir um Jaguar a 120 km/h no Aterro do Flamengo [no Rio de Janeiro]", diverte-se.

Dos últimos personagens, o maior destaque foi o Raul do folhetim de Elizabeth Jhin. Na trama espírita com duas fases, ele deu vida a um ex-escravo e a um fotógrafo. Nas duas partes, a história de amor com Gema (Louise Cardoso) levantou um debate sobre preconceito.

"Viver o Raul e contracenar com a Louise foi maravilhoso e muito especial pra mim. A questão racial sofrida pelo personagem tanto na primeira fase, quando é um homem recém-alforriado, quanto na segunda fase, em que ele é um fotógrafo renomado e bem-sucedido... Fica claro que não importa a condição social do negro, mas sim a sua cor", observa.

"Sendo assim, posso dizer que o racismo estrutural é que define que as pessoas de cor negra não tenham os mesmos direitos. Viver isso em cena foi uma oportunidade de denunciar esse sistema que insiste em nos oprimir", finaliza.

Veja vídeos de Val Perré em Gênesis:


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