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ANÁLISE

Vídeo Show precisou esperar festa de 60 anos da Globo para ter o fim que merecia

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Miguel Falabella tem expressão séria no cenário do Vídeo Show

Miguel Falabella na abertura do Vídeo Show Especial, exibido nesta quinta (24) na Globo

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 25/4/2025 - 0h29

Os fãs do Vídeo Show (1983-2019) precisaram esperar mais de seis anos, mas o programa sobre os bastidores da TV Globo finalmente ganhou um desfecho à altura de sua importância na noite desta quinta-feira (24), como parte das celebrações dos 60 anos da emissora --cujo aniversário acontece, de fato, neste sábado (26).

Foi uma maneira de corrigir tardiamente o fim preguiçoso e apressado que enterrou o Vídeo Show em 2019, quando a atração foi varrida para debaixo do tapete quase que na surdina, como nota de rodapé em um comunicado sobre uma mudança de horário da Sessão da Tarde e uma faixa de reprises de A Grande Família (2001-2014).

Na época, o programa --apresentado por Joaquim Lopes e Sophia Abrahão-- tinha virado freguês do quadro A Hora da Venenosa, do Balanço Geral, e a Globo precisou modificar boa parte de sua grade vespertina para conseguir recuperar a liderança e devolver a Record para o segundo lugar. Assim, seu cancelamento veio quase que como uma vergonha para a emissora, sem a fanfarra que um programa com tal legado mereceria.

Seis anos depois, a Globo finalmente desfez tamanha injustiça. Ao promover reencontros de Miguel Falabella e Cissa Guimarães, de Angélica e Andre Marques e do trio Otaviano Costa, Monica Iozzi e Joaquim Lopes, que apresentaram o programa em momentos distintos da história, o especial se conectou com diferentes gerações de públicos.

Mais do que isso, ele assumiu a sua função maior, que é desnudar os bastidores da Globo, com muito bom humor. Paulo Vieira cumpriu bem a missão ao escancarar o que acontece nos Estúdios Globo --da fábrica de efeitos especiais à confeitaria dos sonhos, onde são produzidas as comidas cenográficas que ornam mesas de café da manhã e padarias das novelas.

O humorista passou pelo acervo de figurinos da emissora, mostrando peças tão díspares quando o uniforme de empregada de Nina (Débora Falabella), em Avenida Brasil (2012); o rabo de sereia da Ritinha, de A Força do Querer (2017); e a roupa de shows das Empreguetes, de Cheias de Charme (2012).

Vieira ainda revelou personagens curiosos, como o motorista do famoso carrinho dos Estúdios Globo que já fez pontas em várias novelas, o figurinista que também costura os casacões da Academia Brasileira de Letras, e o condutor do bondinho de Garota do Momento, que nunca teve falas na novela mas finalmente ganhou voz no Vídeo Show.

O programa ainda mostrou os bastidores de algo que ainda nem foi ao ar: o encontro das grandes vilãs das novelas, que será exibido na segunda-feira (28), durante o Show 60 Anos. Foi uma reportagem com cara de Vídeo Show, com direito a um "Fora Vídeo Show" gritado por Dennis Carvalho --tal qual o diretor fazia todas as vezes em que o programa visitava um de seus projetos.

Um dos quadros mais clássicos do programa, o Falha Nossa ganhou duas versões: na primeira, Ed Gama narrou os tropeços (às vezes literais) do elenco da Globo como se fossem Videocassetadas do Faustão. Na segunda, Marcos Mion fez uma nova versão do Isso a Globo Mostra para provar que até Fernanda Montenegro pode errar --e muito!

A homenagem que seis humoristas atuais fizeram a personagens icônicos da comédia também emocionou --embora tenha se estendido um pouco além do que era necessário, assim como a reportagem sobre como jornalistas também se emocionam quando precisam noticiar fatos tristes. Apesar de aproximar essas figuras do público, deu um tom mais sombrio para a festa da noite.

reprodução/tv globo

Falabella com apresentadores e repórteres do Vídeo Show

Por fim, Falabella chamou outros nomes que fizeram história no Vídeo Show para um namastê coletivo. Impossível não se comover com a reunião de Marcelo Tas, Paulo Betti, Renata Ceribelli, Renata Simões, Bruno De Luca, Geovanna Tominaga, Pathy Dejesus, Maíra Charken, Aline Prado, Vivian Amorim, Fernanda Keulla, Rafael Cortez e Sophia Abrahão.

Apesar da ausência de nomes importantes para o programa, como Ana Furtado, Tássia Camargo, Marcio Garcia, Zeca Camargo, Luigi Baricelli, Marcela Monteiro, Chris Couto e Rafa Brites, o especial cumpriu sua missão e deu o pontapé que a Globo precisava para celebrar seus 60 anos. Que venham os próximos programas!


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