COMO SERÁ O AMANHÃ?
PEDRO SOUZA/ATLÉTICO-MG
Hulk, do Atlético-MG, atual campeão da Copa do Brasil: venda dos direitos de 2023 está atrasada
Confirmada na Globo e na Amazon só até o fim deste ano, a Copa do Brasil enfrenta um atraso na venda de seus direitos para o ciclo que se inicia em 2023. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) parou as negociações por causa da saída de Eduardo Zebini do cargo de secretário-geral da entidade. Seria o executivo, que já comandou as equipes esportivas da Record e do Fox Sports, quem supervisionaria a comercialização. A demora tem incomodado Globo e SBT, que têm interesse na competição mata-mata nacional.
O recente pleito para nomear um novo presidente da CBF também fez o processo empacar. Edinaldo Rodrigues foi eleito recentemente para um mandato até 2026. O baiano de 68 anos, que foi presidente da federação local, ainda não nomeou alguém de sua confiança para tocar os trabalhos na Comunicação.
Segundo apurou o Notícias da TV, Eduardo Zebini pretendia dividir os direitos de transmissão da Copa do Brasil. Ou seja, tirar a exclusividade de todos os jogos da Globo. Desde 2002, a competição é completamente vendida para o conglomerado de mídia brasileiro, sem passar por qualquer licitação.
Na última negociação, a emissora topou pagar R$ 300 milhões pelo ciclo entre 2017 e 2022. O valor foi inflacionado por causa do interesse da WarnerMedia, dona da TNT Sports, que chegou a fazer proposta. A Globo, em conversas iniciais, já se manifestou sobre o desejo de pagar menos do que desembolsa pelo contrato atual.
Quem tem interesse nessa divisão é o SBT, emissora que transformou a Copa do Brasil em uma potência de audiência e faturamento a partir de 1995. Mas as duas estão incomodadas com a falta de conversa e cobram uma velocidade maior e regras claras imediatas para a negociação.
Caso consiga um pedaço da Copa do Brasil, o SBT retornaria à competição após 25 anos. Sua última transmissão foi em 1998, quando passou a dividir os direitos com a Globo. Até hoje, o torneio é sua segunda maior audiência histórica, com a final entre Corinthians e Grêmio --atrás apenas da final da primeira Casa dos Artistas, em 2001.
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