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NO MESA REDONDA

Vampeta minimiza racismo em jogo do Flamengo e debocha de assédio

REPRODUÇÃO/TV GAZETA

Imagem de Vampeta no estúdio do Mesa Redonda, da Gazeta

Vampeta no Mesa Redonda; ex-jogador minimizou caso de racismo em jogo do Flamengo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 21/12/2020 - 11h27

Após a denúncia de racismo feita por Gerson Santos no jogo do Flamengo no domingo (20), Vampeta minimizou o caso. No Mesa Redonda, da TV Gazeta, o ex-jogador disse que hoje em dia "qualquer coisa é racismo" e debochou de casos de assédio. "Se uma 'prima' falar que o programa custa R$ 300, e eu só tiver R$ 200, vai dizer que estou assediando", ironizou.

"Eu estava em Sorocaba, em um evento com o Amaral [também ex-jogador], e ele falava: 'Está muito chato este negócio na bola de qualquer coisinha [ser racismo]... Pô, a gente se chama de negão, de macaco'. Eu estava vendo o jogo, e o Gerson estava muito esquentadinho com tudo", começou o comentarista.

No segundo tempo da partida contra o Bahia, Gerson relatou que Ramirez, do time rival, disse: "Cala a boca, negro!", para ele, no meio de uma discussão. "Joga muito, merece uma oportunidade na seleção, mas eu não vi [o caso] para tanto... De negro, não sei, no calor do jogo...", continuou Vampeta, sobre a denúncia de racismo. 

Flávio Prado, o apresentador do programa, e Benjamin Back, um dos convidados, tentaram convencer o ex-jogador de que as denúncias de racismo no futebol devem ser levadas a sério. "A ofensa é uma coisa que cada um recebe de um jeito, é muito pessoal. Uma vez falei com uma amiga negra sobre isso, e ela falou: 'você só sabe o que dói se você sentir'", disse Prado.

"Não estou defendendo essas coisas não, pelo amor de Deus. Mas no futebol, por exemplo, eu jogo na Vila Maria. Lá tem de tudo, coreano, boliviano... 'Toca a bola, Bolívia'. 'Ô, alemão, toca a bola'. 'Ô, chinês, e aí?'. Se todo mundo for para a televisão...", tentou justificar Vampeta.

O apresentador continuou tentando explicar para o comentarista a diferença entre racismo e um costume de amigos. "É diferente quando você tem uma liberdade com a pessoa. Você falar 'negão' para o amigo, [ele] sabe que não tem nada. Agora, virar para um cara no meio do jogo e falar: 'seu macaco', não dá", desenhou Flávio. 

"O futebol não pode ser um mundo paralelo, não cabe mais a piada", concordou Back, ao explicar que os tempos mudaram e deu o exemplo do assédio. "Há 20 anos, passar a mão na mulher, ninguém ia nem ligar. Mas hoje sim, é um crime, é claro que é crime", continuou ele.

Mesmo assim, Vampeta manteve sua opinião de que foi um exagero classificar o caso como racismo e ainda ironizou a seriedade do assédio sexual. "Estou com medo de tudo, chegar numa balada, falar com a menina e ela dizer que é assédio, qualquer coisa hoje é assim", resmungou.

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