Tralli usa tragédia pessoal para ajudar parentes de vítimas a seguir em frente

O jornalista Cesar Tralli deu um conselho às famílias das 62 vítimas da queda do avião em Vinhedo (SP) para que possam lidar com o luto e seguir em frente. Ele usou de sua experiência pessoal --a mãe dele, Edna Tralli, também morreu em outubro de 2022 em um acidente aéreo. "Não fica com a dor, não", incentivou o âncora no Jornal Hoje desta quarta-feira (14).

A mensagem do apresentador ocorreu após a exibição de uma reportagem sobre o velório e o enterro de alguns passageiros. O vídeo terminou com um senhor não identificado lamentando o ocorrido. "O que dói mais é essa juventude toda que perdeu a vida aí. Mas a gente não esquece", disse.

No estúdio, Tralli respirou fundo e concordou com o homem. "Não esquece nunca, né? Muito pelo contrário. Tem que prestar todas as homenagens necessárias, as pessoas têm que se unir, as famílias, os amigos", discursou.

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"Viver esse luto, não esquecer jamais, muito pelo contrário, pensamento positivo e a vontade de superar. Essa vontade de superar tem que estar dentro da gente o tempo todo", instruiu o jornalista.

"Desabafar, botar pra fora, conversar. Não fica com a dor, não. Põe pra fora, senta com alguém que você gosta bastante, põe pra fora e deixa o tempo passar. É isso que vai ajudando a aliviar", finalizou o âncora.

Mensagem de apoio

Na segunda (12), Tralli já havia compartilhado uma mensagem de apoio aos familiares das vítimas em seu Instagram. "Quando as pessoas me perguntam o que eu fiz para conseguir superar o baque da perda repentina, eu digo que é só o tempo mesmo", disse na gravação.

"Permita-se viver todo luto e sentir toda a dor que uma perda assim --inesperada e violenta-- provocam. Façam muita oração. Procurem acalmar o coração com as memórias de puro afeto. Uma mensagem acima de tudo de empatia e amor", acrescentou.

No vídeo, Tralli revelou que já foi perguntado diversas vezes sobre como superou o acidente de Edna. "O que eu fiz pra conseguir superar o baque da perda repentina da minha mãe, eu digo que é só o tempo mesmo, que você tem que viver esse luto o tempo que for necessário", iniciou.

"Eu me lembro como se fosse ontem, um domingo à tarde, dia 9 de outubro de 2022, quando um amigo me telefonou. Eu estava na cozinha com a minha filha pequena, e ele me perguntou se era verdade que minha mãe tinha morrido num acidente aéreo."

"E aquilo para mim foi um choque. Porque eu tinha falado com ela de manhã e à tarde, ela partiu assim, de maneira repentina, inesperada, violenta", acrescentou. "Eu sei bem a dor que essas famílias que perderam parentes nesse acidente aéreo de Vinhedo estão sentindo."

"E para aliviar essa dor, é muita oração, muito pensamento positivo. As boas recordações que você teve com essa pessoa amada, trazer de volta para dentro de você tudo de bom que vocês viveram juntos", disse. "E aí, conviver com essa dor, aprender a conviver com essa dor, dar tempo ao tempo."