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DE CASA NOVA

Soltinho no Fox Sports, Abel Neto relembra banda de reggae e até canta na TV

Reprodução/Fox Sports

Abel Neto durante entrada ao vivo em Sochi, que serviu de base para a seleção na Copa da Rússia - Reprodução/Fox Sports

Abel Neto durante entrada ao vivo em Sochi, que serviu de base para a seleção na Copa da Rússia

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 9/7/2018 - 5h54

Conseguir manter o senso de humor após a eliminação do Brasil na última sexta-feira (6) não é fácil, mas Abel Neto bem que tenta. Em sua primeira Copa do Mundo pelo Fox Sports, o jornalista tem mostrado um lado bem diferente do que exibiu nos quase 20 anos de TV Globo. Ex-integrante de uma banda de reggae, ele chega até a cantar no ar.

"O programa do Benja [Benjamin Back, âncora do Fox Sports Rádio] é mais solto,  descontraído. Você precisa dar a informação do mesmo jeito, com responsabilidade, mas o formato permite algo mais divertido. Ele brinca comigo nas minhas entradas, pede para eu cantar. E não tenho motivo para não fazer algo que eu gosto", explica.

Mostrar a afinação na TV é uma novidade para o repórter, que trocou a Globo pelo canal pago neste ano. Mas Abel Neto já é figurinha antiga no mundo da música. "Eu fui vocalista de uma banda de reggae em Santos, toquei contrabaixo em outro grupo. Gosto muito de samba, jazz, blues, pop, rock", enumera ele.

O único limite que ele impõe a si mesmo na descontração é que ela não atrapalhe seu dever maior, o de informar. "O telespectador quer saber as notícias, mas também quer se divertir, ter um entretenimento. Só não vou ficar cantando e dançando o dia inteiro... Se não entrar na frente da função de informar, isso só tem a somar."

Até o momento, ele diz que a repercussão do seu novo lado tem sido positiva. "Acho que o público está aprovando. É uma coisa que eu gosto de fazer, que já fazia parte da minha vida. E é sincero, por isso dá certo, não tem forçada de barra", justifica.

Uma banda com Benja?
Abel revela, inclusive, que fez planos de montar uma banda com Back antes mesmo de os dois trabalharem no mesmo canal. "Nós nos conhecemos no noivado do Casagrande. O Nasi estava tocando e começou uma jam session. O Benja subiu, tocou bateria, eu fui e cantei Bob Marley. Depois, nós combinamos de fazermos algo juntos, formar uma banda da imprensa. Mas não passou disso", lamenta.

Pela sintonia mostrada durante as interações no Fox Sports Rádio, os dois também se dariam bem juntos no palco. "A banda acabou não acontecendo, mas pelo menos no programa está rolando uma energia legal."

O repórter está em sua quarta cobertura de Mundial _antes, participou das Copas de 2006, 2010 e 2014. Apesar de experiente, ele confessa que sente um frio na barriga antes de entrar no ar. "Mas não me incomoda, acho até legal ter essa sensação para não ficar acomodado. Você precisa estar ligado o tempo todo, atento, desconfiado... Sempre dá uma adrenalina quando você sabe que está ao vivo", aponta.

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