Segunda temporada
Divulgação/Sony
O empreendedor Robson Calegon emociona os jurados na reestreia do Shark Tank Brasil
FERNANDA LOPES
Publicado em 22/6/2017 - 5h54
Após uma primeira temporada bem-sucedida e estendida, Shark Tank Brasil retorna hoje (22) ao Canal Sony com episódios inéditos e novidades. O quadro de funcionários do reality show cresceu: além da entrada do empresário Caíto Maia no lugar do sertanejo Sorocaba, agora há um apresentador, o ex-CQC Erick Krominski, que atua nos bastidores. O episódio de reestreia também traz um empreendedor que emociona os "tubarões" e os instiga com uma proposta completamente inusitada.
"A tendência do programa é seguir crescendo, se revitalizando a cada ano. Os jurados estão mais vibrantes, os negócios em si também. O apresentador é como se fosse o telespectador dentro do programa. Faltou isso na primeira temporada, o que ele fala é como se fosse a voz do assinante. Encomendamos uma pesquisa para ver como o telespectador assistia ao Shark Tank e implementamos esses resultados na nova temporada", diz Alberto Niccoli, gerente-geral do canal.
O Shark Tank Brasil é um programa que tem como protagonistas cinco grandes empresários brasileiros, os "tubarões". Eles recebem propostas de novos empreendedores, que apresentam suas empresas e oferecem parte do negócio em troca de um valor em dinheiro. Se acharem a parceria vantajosa, as duas partes fazem acordo.
As oportunidades de negócio, aliás, continuam tão curiosas quanto atrapalhadas. Logo no primeiro episódio, os "tubarões" recebem propostas de uma empresa que promove exclusivamente eventos de pedidos de casamento, um inventor de móveis de papelão e um ex-morador de rua que criou uma fábrica de produtos de beleza masculinos.
Os "tubarões" mantêm o estilo incisivo e rígido da primeira temporada, com perguntas sobre valores e detalhes financeiros que deixam os participantes desnorteados.
"Eles ainda têm muita dificuldade [com as contas]. Vai demorar algumas temporadas, a gente ainda tem bastante amadurecimento para chegar lá", diz a jurada/investidora Cristiana Arcangeli, empresária do ramo de beleza.
Cristiana não consegue segurar as lágrimas ao ouvir a história do empreendedor Robson Calegon. Ele chegou a viver nas ruas de São Paulo e aprendeu a fazer gel de cabelo. Hoje, tem uma empresa de produtos de estética masculina cheia de dívidas. Ele conta sua história e pede, emocionado, a ajuda dos "tubarões".
"Antigamente você podia tirar carteira de trabalho com 14 anos. Era o único documento que eu tinha. Tentei esse negócio nove vezes. As pessoas sempre falavam que eu não ia conseguir. Porém, o interessante é ter vocês no meu negócio, porque é muito mais vantajoso para mim ter vocês como sócios do que continuar tentando fazer o que eu faço sozinho", discursa aos investidores.
divulgação/sony
O ex-repórter do CQC Erick Krominski agora é o novo apresentador do Shark Tank Brasil
Negócio fechado?
Apesar da boa vontade dos tubarões em relação às propostas, nem todos os negócios fechados dão certo. Cristiana revela que permanece atrelada a três investimentos de que se tornou sócia no ano passado e que teve de romper a parceria com outros que se mostraram infrutíferos.
"O que acontece no programa é uma carta de intenção só, depois a gente tenta fazer um negócio realmente. Por isso há um prazo [de seis meses] para que a coisa realmente se conclua. Tinha uma invenção, um produto, que o empreendedor ainda teria que voltar para o laboratório, depois vi que não funcionou", lembra Cristiana.
O telespectador conseguirá ter um gostinho, no entanto, do que aconteceu com os negócios que deram certo. Em cada episódio, haverá um flashback de uma proposta da temporada anterior.
Depois, corta-se para cenas atuais, com a empresa funcionando com o apoio do "tubarão-sócio".
divulgação/Sony
Os cinco jurados do Shark Tank Brasil em cena da segunda temporada do reality show
Plataforma para empreendedores
Com retorno positivo dos criadores do Shark Tank (o formato original já foi adaptado em mais de 30 países), a ideia do Canal Sony é que o programa tenha vida longa no Brasil.
"O produto é nosso, deu certo, a gente planeja terceira, quarta, quinta temporadas. Tivemos resultados muito bons, um crescimento significativo. O Shark Tank é um show, é entretenimento, mas a ideia também é prestar serviço. O programa tem essa obrigação para com o assinante, é um programa que fala da realidade [dos negócios]", declara o gerente-geral.
Mesmo no período de crise que o Brasil enfrenta, os empresários do Shark Tank avaliaram até dez propostas de negócio por dia, em gravações que aconteceram em maio.
"Aquilo lá para a gente é uma plataforma de apoio para novos empreendedores. A gente está dando um empurrão. As pessoas se emocionam com a nossa disponibilidade não só financeira, porque a gente agrega conhecimento, o que a gente já apanhou vai evitar que eles apanhem. Essa é a ajuda que a gente pode dar. Eu trabalho para ajudar empreendedores porque é assim que o Brasil vai crescer", conclui Cristiana.
Shark Tank Brasil será exibido às quintas-feiras no Canal Sony, a partir de 20h.
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