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INCERTEZA

Sem dono, Série B perde 60% do valor na TV e causa problema para a CBF

VICTOR FERREIRA/E.C VITÓRIA

Léo Gamalho na apresentação do Vitória

Léo Gamalho é atacante do Vitória, que vai jogar a Série B: Globo, ESPN, SBT e Claro negociam

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 10/2/2023 - 6h20

A Série B do Campeonato Brasileiro virou um problema para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). As emissoras interessadas em transmitir a disputa deixaram claro que não pretendem aumentar as propostas enviadas no primeiro round de negociações. Com isso, os clubes receberão bem menos do que no ano passado, e a entidade pode ter que arcar com a diferença.

Os times e a CBF almejavam conseguir pelo menos manter os R$ 222 milhões pagos pela Globo até 2022. Na primeira rodada de conversas, que aconteceu até o fim de janeiro, Globo, SBT, ESPN e a operadora Claro fizeram propostas. A confederação chegou a sondar se as empresas interessadas chegariam a R$ 150 milhões. No entanto, o Notícias da TV apurou que o valor oferecido não passou de R$ 80 milhões, 63% a menos do que no ano passado.

A Globo apresentou a maior proposta, pois tem interesse na transmissão em todas as mídias: TV aberta, paga e pay-per-view. A Série B é relevante para venda de pacotes do Premiere e para a programação do SporTV, que não terá a Libertadores da América pelo menos até 2026.

O SBT tem interesse em TV aberta apenas. Já a ESPN deseja um pacote de TV paga. A operadora Claro quer ampliar seu projeto no modelo pague para ver, iniciado em janeiro. Chamado de Nosso Futebol, o produto conta com alguns campeonatos estaduais, com o de Goiás, e com a Copa do Nordeste. 

As empresas interessadas justificaram à CBF que o mercado publicitário e a realidade econômica atual não estão favoráveis a investimentos maiores. Além disso, pesa contra a Série B não ter um dos 12 clubes de maior torcida do Brasil. Em 2022, Vasco, Bahia, Cruzeiro e Grêmio subiram de divisão e voltaram à Série A.

Contra este argumento, a entidade usa a força regional a alta competitividade da disputa. A entidade deseja assinar contratos de dois até quatro anos. Ao todo, são cinco pacotes disponíveis: um de TV aberta, dois de TV paga e um com dez jogos por rodada em pay-per-view.

Caso não consiga chegar ao valor sonhado de R$ 222 milhões, a CBF pode ter que complementar o valor de cotas do próprio bolso para que os 20 clubes que disputam a segunda divisão nacional não fiquem prejudicados ou passem por dificuldades financeiras. A expectativa é que o processo se encerre em março. 


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