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DANIELA BEYRUTI

SBT não é só crise: Veja o maior acerto de filha de Silvio Santos à frente da emissora

REPRODUÇÃO/SBT

Montagem com Daniela Beyruti à esquerda e Silvio Santos à direita

Daniela Beyruti assumiu a presidência do SBT após a morte do pai, Silvio Santos (1930-2024)

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 24/2/2025 - 6h10

Desde que assumiu a vice-presidência do SBT, em abril de 2023, a empresária Daniela Beyruti enfrenta uma das piores crises já vividas no Ibope. A emissora perdeu a vice-liderança em 2020 e, desde então, não deu sinais de que vai voltar a ameaçar a Record tão cedo. O caminho é longo, mas a filha de Silvio Santos (1930-2024) parece ter encontrado uma solução --investir em programação própria, agora com um olhar maior para o Jornalismo.

Em 2019, o SBT havia completado três anos ininterruptos na vice-liderança, e com 12 dos 15 programas mais vistos no PNT (Painel Nacional de Televisão) como produções próprias. O panorama mudou completamente com a pandemia de Covid-19, quando todas as emissoras de TV aberta se viram obrigadas a recorrer a reprises.

A Record virou o jogo justamente em 2020 por ter retomado mais rapidamente a produção de conteúdo inédito, até porque boa parte da sua programação é dedicada ao Jornalismo. Mais do que isso, Amor Sem Igual (2019-2020) foi a primeira novela interrompida pela crise sanitária a exibir episódios inéditos.

No mesmo ano, a grade do SBT seguia repleta de enlatados e reprises, e uma das poucas produções próprias, o Triturando (2020), chegava a ser reexibido poucas horas depois de ter ido ao ar. Não deu outra: a rede dos Abravanel acabou caindo para o terceiro lugar.

Esse cenário passou a mudar com os investimentos feitos por Daniela em programação própria no ano passado. Atrações como Chega Mais (2024) e É Tudo Nosso (2024) não tiveram os resultados esperados, e boa parte delas foi cancelada ou reformulada, caso do Tá na Hora.

Como o Notícias da TV havia mostrado, o erro não está em criar uma nova programação, mas em gastar dinheiro com formatos pouco rentáveis. O Chega Mais chegava a ficar horas no ar sem ações comerciais. Não à toa, a empresa teve que promover demissões no fim do ano para reequilibrar o caixa.

Um novo caminho?

Em meio ao desenvolvimento de uma nova grade para 2025, o SBT já começou a apostar em programas que tragam algum retorno financeiro. A volta de Bozo, por exemplo, vai permitir que a empresa fature com o licenciamento de brinquedos. Esses recursos poderão, futuramente, ser reinvestidos na própria programação, a fim de torná-la mais competitiva.

O Programa Silvio Santos também vai retomar o Show do Milhão, que é um formato com boa aceitação no mercado publicitário, em que já chegou a ter uma versão patrocinada por uma fintech em 2021.

A maior marca da gestão de Daniela talvez seja investir em Jornalismo, ainda que Silvio nunca tenha seguido pelo mesmo caminho. Com boa parte do público do entretenimento migrando para o streaming, os telejornais se tornaram fundamentais para a sobrevivência da TV aberta. A própria Globo recentemente criou o Bom Dia Sábado, que se saiu melhor do que o É de Casa em sua estreia.

O SBT igualmente já se beneficiou desse movimento, pois o Primeiro Impacto vem consistentemente impedindo novas derrotas para a Band no final da manhã. Não à toa, o Tá na Hora está testando uma edição aos sábados, e a emissora ainda prepara uma nova versão do Aqui Agora.


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